Quatro presídios de Mato Grosso movimentaram, ao todo, cerca de R$ 2,9 milhões em 2024. O montante foi apontado em um levantamento elaborado pela Secretaria de Justiça de Mato Grosso (Sejus-MT) acerca dos "mercadinhos" das cadeias públicas estaduais. O relatório, que englobou os presídios de Cáceres, Tangará da Serra, Sorriso e Sinop, aponta que em alguns presídios havia um limite semanal de compras e que a aquisição dos produtos comercializados era feito por meio do depósito realizado por familiares dos próprios detentos.
Segundo o relatório, a unidade de Sinop registrou a maior arrecadação entre os presídios. Conforme o Conselho da Comunidade, foram movimentados cerca de R$ 2 milhões no ano passado na Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite Ferreira, também conhecida como "Ferrugem”.
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“A aquisição dos produtos do mercado é feita através de depósito prévio realizado pelos familiares dos presos na conta do Conselho da Comunidade”, diz trecho do relatório.
Nas cadeias públicas de Cáceres e também Tangará da Serra o montante foi de R$ 400 mil em 2024. No município de Cáceres há um limite de R$ 150 semanais por detento, enquanto que Tangará não padece dessa restrição.
Em Sorriso, foi movimentado o valor R$ 150 mil em 2024, valor que foi empregado na melhoria do presídio, segundo o relatório.
POLÊMICA DOS MERCADINHOS
Sob a justificativa de serem geridas pelo Conselho da Comunidade, as penitenciárias listadas no relatório da Sejus obtiveram o aval da Justiça para manterem o comércio dos produtos. O Estado deu início ao fechamento dos estabelecimentos ao regulamentar o sistema penitenciário e vetar o trecho que criava oficialmente os mercadinhos dentro das unidades.