O desembargador Hélio Nishiyama, da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça Mato Grosso (TJMT), negou o habeas corpus do médico Bruno Gemilaki Dal Poz. Ele está preso desde o dia 23 de abril por executar, junto com sua mãe Inês Gemilaki, dois idosos em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá). A defesa de Bruno alegou que ele participou de forma “acidental” e que na verdade quem atirou foi a mãe. A decisão foi seguida por unanimidade nesta quarta-feira, 26.
A defesa explicou que manter a prisão de Bruno para garantir a ordem pública não se justifica, já que o médico tem como função proteger os bens jurídicos.
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Apesar do argumento da defesa, o desembargador e relator explicou que foi comprovado que Bruno na verdade acompanhou a mãe durante o crime, já que ele invadiu a casa das vítimas, portanto uma espingarda calibre 12.
Nishiyama também disse em voto que o nível de participação de Bruno deve ser avaliado na ação penal.
SOBRE O CRIME
O duplo homicídio que vitimou Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, ocorreu durante um almoço no domingo, 21 de abril, em uma residência no bairro Alvorada em Peixoto de Azevedo.
Na ocasião, três pessoas armadas (Inês, Bruno e Eder) invadiram a confraternização e efetuaram vários disparos de arma de fogo, atingido três vítimas, sendo que duas delas não resistiram aos ferimentos e foram a óbito no local. A terceira vítima, um padre da cidade, foi socorrida e conseguiu sobreviver aos ferimentos
As investigações apontam que o crime na verdade tinha como alvo o dono da residência, Enerci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco", onde ocorria a confraternização, que teria feito ameaças públicas contra os investigados, em razão de um processo referente a um contrato de aluguel.