O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) anunciou a interdição cautelar total do médico clínico-geral Fernando Veríssimo de Carvalho. Ele foi condenado a 31 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por ter assassinado a namorada grávida, Beatriz Nuala Soares Milano, que estava grávida, em novembro de 2018, em Rondonópolis (217 km de Cuiabá). O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 9 de outubro.
“Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art. 30 do Código de Processo Ético-Profissional”, diz trecho da nota encaminhada à imprensa.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A suspensão é cautelar e ainda não é definitiva porque o processo disciplinar ainda está em tramitação no CRM-MT.
O CASO
O crime ocorreu em novembro de 2018. Segundo as investigações, Fernando teria matado Beatriz horas depois de pedi-la em casamento. Os dois eram namorados e teriam saído para jantar em comemoração aos 10 meses de relacionamento.
Chegando em casa, eles teriam se desentendido e Fernando partido para a agressão física. Beatriz, que estava grávida de quatro meses, levou uma pancada na cabeça e morreu por traumatismo craniano. O assassino então teria posicionado o corpo na cama e acionado a família e a Polícia, simulando morte natural.
O corpo não apresentava marcas de violência e o crime só foi identificado durante os exames periciais.
Fernando foi preso em Ribeirão Preto, São Paulo, na casa de seus pais, local para o qual viajou após a morte, sob a alegação de se recuperar do luto. Ele foi condenado por homicídio qualificado e aborto sem consentimento, uma vez que a criança também morreu.
VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) informa à sociedade que, nesta terça-feira (08.10), analisou a recomendação de interdição cautelar do médico Fernando Veríssimo de Carvalho, condenado a 31 anos e 4 meses de reclusão, em regime fechado, pela prática de homicídio qualificado e aborto sem consentimento, ocorridos em novembro de 2018, no município de Rondonópolis.
Por unanimidade, os conselheiros aprovaram a interdição cautelar total do exercício profissional do médico por entenderem que o seu envolvimento nos crimes resulta em fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação ao prestígio e bom conceito da profissão médica, circunstância que autoriza a aplicação da interdição cautelar, conforme prevê o art. 30 do Código de Processo Ético-Profissional.
A suspensão do exercício profissional do médico passa a valer imediatamente após o Conselho Federal de Medicina referendar a decisão do CRM-MT.