A juíza Anna Paula Gomes de Freitas, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que os criminosos envolvidos em um duplo assassinato no Shopping Popular de Cuiabá sejam submetidos ao Júri Popular. O assassino confesso Silvio Júnior Peixoto e os mandantes Vanderley Barreiro da Silva e Jocilene Barreiro da Silva (mãe e filho) respondem pela morte do empresário Gersino Rosa dos Santos, o "Nenê Games", e do vendedor Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, executados no ano passado. A decisão é da última segunda-feira (14) e a data do julgamento ainda não foi agendada.
A defesa dos réus pediu à Justiça para que seus clientes respondam em liberdade, usando como argumento o fato de que eles têm endereço fixo e trabalho lícito.
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Contudo, a juíza afirmou que isso não é suficiente para que os acusados respondam em liberdade. Para sustentar a sua decisão, a juíza lembrou os réus fugiram de Cuiabá após o crime e só foram localizados após intenso trabalho da investigação.
“A prisão cautelar também se faz necessária para assegurar a aplicação da lei penal (art. 312, , CPP caput ), haja vista que após a suposta prática do delito os acusados empreenderam fuga do distrito da culpa (onde sequer possuem residência ou qualquer outro vínculo) para outros Estados da federação, sendo necessário intenso trabalho investigativo, além de mobilização de recursos e logísticas por parte dos agentes da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, para a localização e posterior cumprimento dos mandados de prisão preventiva dos réus, as quais foram realizadas nos estados de Mato Grosso do Sul e Minas Gerais”, diz trecho da decisão.
O CRIME
A reportagem do Estadão Mato Grosso publicou várias matérias sobre o crime que chocou a população no dia 23 de novembro, indo desde os primeiros minutos após o crime até as extensas horas da primeira audiência de instrução dos criminosos.
Gersino foi morto com um tiro na nuca e Cleyton, com um tiro na cabeça, região do olho.
A motivação do crime, apresentada pelos mandantes, foi a vingança. Segundo a investigação da Polícia Civil, um dos filhos de Jocilene, apelidado de “Maranhão”, teria sido morto por Gersino e por isso sua execução foi encomendada.
Porém, não foi revelado, até o momento, se Gersino matou realmente o filho de Jocilene.
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