O juiz Cláudio Deodato, da 4ª Vara de Cáceres, concedeu a liberdade provisória a João de Deus da Silva, suspeito por participar do assassinato de três onças no interior de Mato Grosso, cujas imagens ganharam repercussão nacional na semana passada. O magistrado impôs medidas cautelares e decretou sigilo no processo judicial. A audiência de custódia foi realizada neste domingo, 2 de abril.
Apesar da suspeita de participação no crime contra as onças, o homem foi preso por maus-tratos a seus cachorros, que estavam sendo transportados na carroceria de sua caminhonete de forma irregular. Foi este flagrante que culminou em sua prisão na noite de sexta-feira, 31 de março.
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João foi preso em flagrante pelo delegado Marlon Richer Nogueira, que pediu a conversão para prisão preventiva. Contudo, ao analisar o caso, o juiz negou o pedido.
As investigações apontam que esses cães podem ser os mesmos que aparecem no vídeo das onças assassinadas.
CASO CHOCANTE
O vídeo que repercutiu nas redes sociais mostra uma onça amarrada pelas patas, com vários cães latindo ao seu redor. O caçador filma a cena e joga contra o animal, que está vivo, a cabeça de outras duas onças, sendo uma adulta e outra filhote.
Enquanto grava, o homem menciona uma outra pessoa, chamada apenas de “Tião”, para quem narra que eram três onças.
Informações preliminares ainda não confirmadas pelas autoridades apontam que o homem receberia R$ 5 mil por cada animal abatido.
Após a repercussão do caso, ambientalistas de todo o país se pronunciaram contra o horror registrado em Mato Grosso. A ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, é uma dessas lideranças. Ela encaminhou ofício ao Ministério da Justiça requisitando apuração criminal sobre o caso.