A juíza da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo, Paula Tathiana Pinheiro, acatou o pedido do Ministério Público do Estado (MPMT) e concedeu liberdade a Márcio Ferreira Gonçalves. Ele havia sido preso por supostamente contribuir com a fuga e por ajudar a esconder os assassinos, a esposa Inês Gemilaki e o enteado Bruno Gemilaki, mas o MP apontou que a informação não era procedente. A decisão é desta segunda-feira, 6.
“Ante o exposto, com fundamento nos artigos 282, § 5º, 316, 319 e 321, todos do Código de Processo Penal, revogo a prisão preventiva de Márcio Ferreira Gonçalves para conceder-lhe a liberdade provisória", decidiu.
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Marcio foi preso junto com o irmão, Edson Gonçalves Rodrigues, a esposa e o enteado em uma fazenda da família localizada na BR-060, a 180 quilômetros de Peixoto de Azevedo. Dois dias após o crime, no dia 23 de abril, os quatro envolvidos se entregaram para a polícia e foram presos.
Para sustentar a decisão, a magistrada explicou que, assim como disse a denúncia do MPMT, Márcio não participou das excuções dos idosos Pilson Pereira da Cruz, de 80 anos, e Rui Luiz Bogo, 68.
"Como bem se verificam das filmagens testilhadas, não havia uma quarta pessoa envolvida no delito, mas tão somente três, quais sejam: Inês Gemilaki, Bruno Gemilaki e Éder Gonçalves Rodrigues, irmão, pois, do requerente. Dessa forma, inexistentes indícios de autoria do investigado [...]”, sustentou a juíza.
Além da liberdade o Ministério Público pediu para que Márcio não fosse denunciado pelos crimes de homicídio qualificado e tentado, pois ele não estava presente no momento das execuções.
SOBRE O CRIME
O duplo homicídio que vitimou Pilson Pereira da Silva, de 80 anos, Rui Luiz Bolgo, de 68 anos, ocorreu durante um almoço no domingo, 21 de abril, em uma residência no bairro Alvorada em Peixoto de Azevedo.
Na ocasião, três pessoas armadas (Inês, Bruno e Eder) invadiram a confraternização e efetuaram vários disparos de arma de fogo, atingido três vítimas, sendo que duas delas não resistiram aos ferimentos e foram a óbito no local. A terceira vítima, um padre da cidade, foi socorrida e conseguiu sobreviver aos ferimentos
As investigações apontam que o crime na verdade tinha como alvo o dono da residência onde ocorria a confraternização, que teria feito ameaças públicas contra os investigados, em razão de um processo referente a um contrato de aluguel.