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Judiciário Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020, 13:25 - A | A

Quarta-feira, 18 de Novembro de 2020, 13h:25 - A | A

CARREIRA

Juízes completam 16 anos de magistratura e destacam importância da profissão

Lígia Saito | TJMT

Há 16 anos, em 18 de novembro de 2004, um novo grupo de magistrados tomava posse para atuar no Poder Judiciário de Mato Grosso, trilhando um caminho recheado de desafios e sacrifícios, mas, também, permeado por ações voltadas a fazer o bem e transformar a sociedade. Nascida em Londrina (Paraná) e formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Leilamar Aparecida Rodrigues iniciou o curso de Direito aos 32 anos, já casada e com dois filhos. Buscava, a princípio, uma opção profissional. No decorrer do curso, sentiu despertar em si a paixão pela magistratura.

Após ser aprovada no concurso em Mato Grosso, iniciou a carreira na Comarca de Lucas do Rio Verde. Em seguida, jurisdicionou em Guarantã do Norte, Barra do Bugres, Paranatinga, Cáceres e Tangará da Serra, onde atua hoje na 2ª Vara Cível. A magistrada garante dar a cada caso a máxima relevância. Por jurisdicionar por muito tempo na área da infância e juventude, se diz apaixonada pelo tema. “A proteção à criança e ao adolescente, bem como a adoção, é um trabalho que proporciona grandes emoções pelos benefícios que traz aos envolvidos e à sociedade”, salienta.

Para Leilamar, a magistratura ocupa grande parte da vida dela e, desde que iniciou na profissão, permeia seus passos. “É um trabalho árduo, às vezes sacrificante, mas imensamente gratificante, pois me traz a oportunidade de contribuir com sociedade. Estou certa de que encontrei na magistratura a minha verdadeira vocação, o que me torna muito feliz.” Aos pretendentes ao cargo, ela ressalta a importância da dedicação aos estudos, da disciplina e do desprendimento, pois a profissão exige dedicação exclusiva. “Mas o mais importante é se dedicar à profissão com amor.”

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Já a juíza Paula Saide Biagi Messen Mussi Casagrande, da 1ª Vara Cível de Sorriso, se inspirou no pai – advogado há 45 anos – para cursar Direito. Oriunda da cidade de São José do Rio Preto, onde se formou pela Universidade Paulista, ela conta que desde a adolescência e durante a graduação trabalhou ao lado dele, no escritório de advocacia.

Paula Casagrande ingressou no Poder Judiciário de Mato Grosso bem jovem, aos 25 anos, e desde então jurisdicionou nas comarcas de Nova Monte Verde, Apiacás, Sinop, Vera, Feliz Natal, Cláudia, Colíder e há quase seis anos está em Sorriso. Desses 16 anos de magistratura, destaca seu caso mais marcante o primeiro júri em Sinop. “A vítima era um juiz e o caso de grande repercussão social. Eu tinha apenas 25 anos”, recorda-se.

Para a magistrada, os 16 anos de toga lhe proporcionaram uma maturidade e um aprendizado inimaginável. “Aos futuros magistrados, aconselho jamais perder o equilíbrio, trabalhar com humildade e valorizar sua família”, pontua.

A mato-grossense Milena Ramos de Lima e Souza Paro, natural de Rondonópolis, conta que o interesse pelo Direito surgiu em razão da paixão pela leitura e pelo anseio em contribuir com a pacificação social. Formada pela Universidade de Cuiabá, ela seguiu para o Estado de São Paulo para se dedicar aos estudos para o concurso público, até ingressar na carreira, aos 26 anos.

Além das comarcas de Vila Rica e Paranaíta, durante quase todo o período de magistratura ela vem atuando na Comarca de Alta Floresta, onde tomou posse como magistrada e constituiu família. Um dos momentos mais marcantes da carreira foi a implantação do programa educativo para usuários e dependentes de drogas (PEUDD), em Alta Floresta, em 2016. “Desde então atendemos mais de 150 usuários de substâncias entorpecentes, viabilizando o Poder Judiciário atuar diretamente no enfrentamento da problemática do crescente uso de drogas ilícitas”, assinala.

Milena Paro destaca ainda a importância da função exercida há 16 anos. “Apesar do rigor do cargo, exercer a função de magistrada tem me ensinado a ter uma atuação sensível com relação aos conflitos sociais, me traz diariamente imensa satisfação por oportunizar ser agente transformadora na vida dos jurisdicionais e da sociedade em geral.”

Aos que pretendem seguir a carreira, ela orienta: “o conhecimento técnico das leis é essencial, entretanto, o espírito de servir ao público com dedicação e comprometimento deve realçar no perfil do pretenso juiz.”

Também integram a turma de 2004 os juízes Francisco Ney Gaíva, Douglas Bernardes Romão, Fernando da Fonsêca Melo, José Mauro Nagib Jorge, Lidiane de Almeida Anastácio Pampado, Marco Antonio Canavarros dos Santos e Murilo Moura Mesquita.

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