A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a decisão que encerrava as atividades do posto Petro SM, um dos alvos da Operação Jumbo, que mirava postos de combustíveis que lavavam dinheiro do tráfico internacional de drogas.
O pedido de revogação da decisão partiu da empresa Petro SM Combustíveis Ltda, que atualmente administra o local no lugar da Petrox Comércio de Combustível, que era o alvo original da suspensão de atividades. Na decisão, a juíza ressalta que a Petro SM não foi alvo da operação deflagrada pela Polícia Civil em maio de 2022.
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“Assim, verifica-se que empresa Petro Sm Combustíveis Ltda e seus administradores não foram investigados, tampouco denunciados na Operação Jumbo”, diz trecho da decisão.
“Os documentos acostados demonstraram que, atualmente, a empresa em exercício no local é a pessoa jurídica Petro SM Combustíveis Ltda., e que a pessoa jurídica Petrox Comércio de Combustíveis Ltda, a qual foi alvo de investigação, já se encontra com suas atividades encerradas", complementa.
Foi determinado ainda a devolução de documentos à Petro que não estejam relacionados à Petrox.
A Operação Jumbo teve como alvo uma organização criminosa que usava postos de combustíveis para lavar o dinheiro do tráfico de drogas. Entre eles está o posto Petrox, localizado na avenida Miguel Sutil, e os postos Atalaia e Jumbo, na rodovia Palmiro Paes de Barros. Todos eles pertenciam a Tiago Gomes de Souza, o “Tiago Baleia”, preso pela Polícia Federal durante a operação.
Durante a operação, foram cumpridos oito mandados de prisão e 29 ordens de busca e apreensão em diversos endereços. À época, o Ministério Público Federal (MPF) apontou que os suspeitos eram ligados ao Comando Vermelho e teriam movimentado cerca de R$ 350 milhões, em quatro anos.
A Justiça determinou que seis empresas tivessem suas atividades suspensas, bem como o bloqueio de contas bancárias e alienação antecipada dos bens de titularidade desses alvos, entre elas a Petrox Comércio de Combustíveis Ltda.