A juíza do Plantão Criminal da Comarca de Cuiabá, Mônica Catarina Perri Siqueira, acolheu o pedido da Polícia Civil e determinou o recambiamento da empresária Maria Angélica Caixeta Contijo para Cuiabá. Ela é suspeita de ser a mandante da execução do advogado Roberto Zampieri e foi presa nesta quinta-feira, 21 de dezembro, em Minas Gerais. A decisão de recambiamento é desta sexta, 22.
“Isto posto, indefiro o pedido da defesa e autorizo o recambiamento de Maria Angélica Caixeta Contijo para esta capital. Comunique-se o Juízo da comarca de Patos de Minas/MG e o Delegado de Polícia Caio Fernando Alvares de Albuquerque para as providências cabíveis”, determinou.
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A defesa da empresária pediu que ela fosse mantida naquele estado, devido a supostas ameaças sofridas por elas. Contudo, a magistrada ponderou que o crime é gravíssimo e que não há comprovação de que ela esteja sofrendo ameaças.
“De qualquer modo, o Sistema Prisional Mato-grossense se incumbirá de lhe oferecer a segurança necessária, mantendo-a recolhida em local adequado. Devo ainda anotar que também não há comprovação de que o Sistema Prisional de Minas Gerais possui vaga para a custodiada e que está de acordo com a sua permanência naquele Estado”, citou também a juíza.
ENVOLVIMENTO
Maria Angélica Caixeta Contijo estava envolvida em um processo por disputa de terra no município de Ribeirão Cascalheira (772 km de Cuiabá) onde Zampieri era o advogado que representava a parte contrária do processo. Conforme informações, a fazenda estava no meio de um conflito entre Maria, sua então proprietária, e um homem que queria comprá-la. Tudo teria começado quando Maria rompeu o contrato de venda com o comprador e Roberto, que estava representando a família de Maria, passou a defender os interesses do homem que tentava adquirir a propriedade.
Com a atitude, a mulher teria se irritado e proferido injúrias e calúnias contra Zampeiri e seu novo cliente. A mulher foi processada e condenada a pagar R$ 200 mil em indenização aos dois. A condenação teria sido proferida no dia 29 de novembro deste ano, menos de uma semana antes da morte do advogado.
INVESTIGAÇÕES E PRISÕES
Roberto Zampieri tinha 56 anos e foi assassinado na noite do dia 05 de dezembro, na frente de seu escritório localizado no bairro Bosque da Saúde, na Capital. A vítima estava dentro de uma picape Fiat Toro quando foi atingida pelo executor com diversos disparos de arma de fogo.
O executor foi preso na cidade de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O mandado de prisão de Antônio Gomes da Silva foi cumprido pela Delegacia de Homicídios da capital mineira em apoio à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga o crime ocorrido contra o advogado.
Já a mandante do crime foi presa na cidade de Patos de Minas, no sudeste mineiro. No momento da prisão, a investigada estava com uma pistola 9mm, do mesmo calibre que o utilizado no homicídio do advogado. Interrogada, a investigada negou as acusações, passou pela audiência de custódia e foi para uma unidade prisional de Patos de Minas.
As prisões do executor e da mandante foram decretadas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, com base nas investigações conduzidas pela equipe da DHPP de Cuiabá e contam com apoio fundamental da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais.