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Judiciário Quarta-feira, 17 de Julho de 2024, 12:25 - A | A

Quarta-feira, 17 de Julho de 2024, 12h:25 - A | A

CASO ZAMPIERI

Juiz tira tornozeleira da esposa do mandante de assassinato de advogado

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

O juiz do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), João Bosco Soares da Silva, determinou a retirada da tornozeleira eletrônica de Elenice Ballarotti Laurindo. Ela é esposa de Anibal Manoel Laurindo, apontado como mandante da morte do advogado Roberto Zampieri, mas não foi indiciada pelo crime.

“Sendo assim, diante da ausência de indiciamento em face da representada, revogo todas as cautelares diversas da prisão impostas à investigada Elenice Ballarotti Laurindo”, diz trecho da decisão.

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Além da tornozeleira eletrônica, Elenice estava proibida de manter contato com qualquer outro investigado do caso, com exceção do marido, e de se mudar de residência sem autorização judicial. Além disso, ela também teve suspenso o passaporte e o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023. As investigações da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que o crime foi encomendado pelo produtor rural Anibal Laurindo, com quem o advogado disputava uma fazenda estimada em R$ 100 milhões, situada em Paranatinga.

A vítima já teria obtido uma decisão favorável referente a outro imóvel, vizinho da propriedade e pertencente ao irmão de Anibal. As investigações apontam que o produtor encomendou a morte para não ter o mesmo desfecho que o irmão e perder a terra.

Anibal chegou a ser preso no mês de março, mas não passou nem 24 horas na cadeia, sendo liberado após audiência de custódia. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, praticado com emboscada ou que dificultasse a defesa da vítima, e mediante pagamento ou promessa de recompensa.

Zampieri foi assassinado a tiros, dentro do carro, que estava em frente ao seu escritório, no bairro Bosque da Saúde. O atirador foi identificado como Antônio Gomes da Silva, que foi preso em Minas Gerais e confessou à Polícia a suposta trama para matar o jurista.

De acordo com ele, as tratativas começaram em setembro do ano passado e chegaram a ser suspensas até o final do ano. Um mês depois, o advogado ingressou com processo de produção de provas, para integrar as terras de Anibal ao seu cliente. No mesmo dia, o próprio suspeito de ser o mandante tirou uma foto do escritório da vítima.

A fotografia foi encaminhada ao coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, apontado como financiador do crime.
A Polícia também prendeu o instrutor de tiro Hedilerson Fialho Martins Barbosa, apontado por intermediar o crime.

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