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Judiciário Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 07:03 - A | A

Segunda-feira, 24 de Junho de 2024, 07h:03 - A | A

CASO ZAMPIERI

Juiz nega liberdade a homem acusado de contratar assassino de advogado

Defesa tentou anular segundo interrogatório, mas juiz concluir que Hedilerson Barbosa já tinha confessado o crime na primeira oitiva

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O juiz Jorge Alexandre Martins Ferreira, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, rejeitou pedido de revogação da prisão preventiva de Hedilerson Fialho Martins Barbosa. Ele foi preso em dezembro de 2023, acusado de ter fornecido a arma que Antônio Gomes usou para matar o advogado Roberto Zampieri. A decisão é da última quarta-feira, 19 de junho.

Zampieri foi executado com uma pistola calibre 9mm, com aproximadamente 11 disparos, na noite do dia 5 de dezembro de 2023, em frente ao seu escritório no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá.

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A defesa de Hedilerson pediu que o segundo interrogatório do preso fosse anulado. A defesa explicou que Hedilerson não teve o direito de permanecer em silêncio no interrogatório e, por isso, pediu pela nulidade. Junto com o primeiro pedido, a defesa emendou que fosse revogada a prisão preventiva.

“Afasto a nulidade alegada pela defesa e indefiro o pedido de revogação, ocasião em que mantenho a prisão preventiva de Hedilerson Fialho Martins Barbosa qualificado nos autos”, decidiu.

O juiz explicou que foram constatados indícios da autoria do crime, o que resultou na prisão preventiva. A nulidade do interrogatório só seria aceita em casos que fosse comprovada lesão ao acusado.

“Ademais, a ausência de prévia advertência sobre o direito do réu de permanecer calado somente é capaz de gerar nulidade em casos comprovadamente de existência de efetivo prejuízo ao réu, o que de fato não ocorreu no presente feito”, disse.

Além disso, o Ministério Público do Estado (MP-MT) destacou que Hedilerson já havia confessado o crime no primeiro interrogatório.

Conforme informações da Polícia Civil, Hedilerson teria sido o responsável por fazer o intermédio entre os mandantes do crime e o assassino confesso Antônio Gomes da Silva. Além de contratar o atirador, ele seria o responsável por fornecer a arma do crime.

Segundo a investigação, Hedilerson veio ao encontro do assassino e despachou a arma usada no crime, junto com R$ 40 mil pelo pagamento do crime. A arma chegou a Cuiabá no dia 5 de dezembro, mesma data do crime.

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