O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá, converteu a prisão em flagrante do investigador da Polícia Civil, Mario Wilson Vieira da Silva Gonçalves, para preventiva. A decisão é desta tarde de sexta-feira, 28 de abril. Mario Wilson assassinou o policial militar Thiago Souza Ruiz com tiros pelas costas dentro de uma distribuidora, próximo à Praça Oito de Abril, em Cuiabá.
Na decisão, o juiz pediu que o acusado seja encaminhado à unidade prisional de Chapada dos Guimarães “a fim de garantir a sua integridade física e psicológica, tendo em vista que se trata de policial civil”.
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Ao decidir alterar o flagrante, o magistrado citou que é evidente a autoria do crime por parte do policial civil, além de destacar que o próprio Mario compareceu à delegacia se apresentando como autor dos disparos.
“Superada a análise do requisito objetivo da tutela cautelar penal, impõe-se a apreciação do periculum libertatis, consubstanciado na presença de um dos motivos subjetivos ensejadores da necessária segregação provisória, quais sejam: a) garantia da ordem pública; b) garantia da ordem econômica; c) conveniência da instrução criminal, ou; d) assegurar a aplicação da lei penal”, destacou.
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O CASO
As investigações iniciaram ainda na madrugada de sexta-feira, quando as equipes da Delegacia de Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da Corregedoria foram acionadas, por volta de 03h30, para atender a ocorrência de tentativa de homicídio na conveniência de um posto de combustíveis, localizada entre a Rua Estevão de Mendonça e a Avenida Getúlio Vargas.
A vítima foi socorrida e encaminhada a um hospital particular na região, onde foram realizados procedimentos de reanimação, porém, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
O policial civil se apresentou horas depois ao crime na Delegacia de Homicídios de Cuiabá, onde foi interrogado pelos delegados André Eduardo Ribeiro e Marcel Gomes Oliveira, da DHPP, e pelo delegado-corregedor, Guilherme Fachinelli.
O investigador foi, posteriormente, encaminhado para audiência de custódia da Justiça. As investigações seguem em andamento pela DHPP e pela Corregedoria para apurar as circunstâncias dos fatos e a motivação do crime.