Após a suspeita de que ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também estariam envolvidos na venda de sentenças, a Policia Federal (PF) abriu um inquérito para apurar a denúncia. Porém, ao analisar o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de transações financeiras, a PF identificou que a venda de sentenças vai além do STJ, chegando à maior instância do país, o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados pelo Coaf, devido ao foro privilegiado que os ministros do STF têm. Já sobre as investigações dos ministros do STJ, o site UOL revelou que as investigações chegaram aos gabinetes dos ministros Og Fernandes, Paulo Dias Moura, Isabel Galotti e Nancy Andrighi.
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Até o momento, as suspeitas estavam restritas apenas aos assessores, mas as últimas descobertas causaram desconforto entre os ministros. Na última segunda-feira, 7, os ministros fizeram uma reunião sobre o assunto e alguns teriam chegado a chorar. O STJ abriu uma investigação interna para apurar as suspeitas e afastar os servidores envolvidos no escândalo.
As investigações iniciaram após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023. O celular do jurista foi recolhido e nele foram encontrados indícios de um esquema de compra e venda de sentenças. As investigações iniciaram no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e já levaram ao afastamento dos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes.
Conversas de aplicativo de mensagens extraídas do celular do advogado Roberto Zampieri mostram possível ligação entre os magistrados e o advogado. O caso "subiu de nível" após suspeita do envolvimento de ministros do STJ e do STF.