Wellington Santos de Melo foi condenado pelo Tribunal do Júri da comarca de Tapurah (a 433km de Cuiabá) a 34 anos e dois meses de reclusão em regime fechado, por duplo homicídio qualificado, corrupção de adolescentes e ocultação de cadáver. O julgamento foi realizado na quarta-feira (21). O réu não poderá recorrer da sentença em liberdade.
Conforme o Ministério Público de Mato Grosso, o crime aconteceu em abril de 2022. As vítimas Joel Pereira da Silva e Riquelme Souza Félix foram mortas por motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa das mesmas em um local de mata entre as cidades de Tapurah e Itanhangá. Os cadáveres das vítimas foram ocultados com ajuda de dois adolescentes, que também participaram dos atos de execução do homicídio.
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Segundo apurado durante as investigações, o crime foi motivado pelo fato de os executores acreditarem que as vítimas faziam parte de uma facção criminosa rival. Em plenário, o promotor de Justiça Marlon Pereira Rodrigues defendeu que “provas demonstravam ter ocorrido um ‘tribunal do crime’ por parte de integrantes de facção criminosa”.
Conforme o membro do MPMT, por acreditarem que as vítimas pertenciam a uma facção criminosa rival, elas foram “executadas com crueldade, mediante remoção das cabeças enquanto ainda estavam vivas”. A polícia obteve o vídeo das duas execuções, que ajudaram na identificação dos envolvidos. No dia 8 de março, outro denunciado pelos mesmos crimes será julgado pelo Tribunal do Júri.