Assassino confesso de sua ex-namorada e do companheiro dela, o empresário Carlos Alberto Gomes Bezerra preferiu permanecer calado na primeira audiência de instrução e julgamento do caso, que aconteceu na tarde de segunda-feira, 3 de abril.
De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, por solicitação da defesa, o réu decidiu não responder aos questionamentos e, por isso, não compareceu à audiência.
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Ao todo, sete testemunhas prestaram depoimento e uma desistiu. Detalhes sobre o caso não foram repassados porque o processo tramita em segredo.
Segundo a juíza da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Cuiabá, Ana Graziela Vaz de Campos, que conduz o caso, agora o processo segue com vista ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), para memoriais finais escritos. Depois, segue para o assistente de acusação e, por fim, à defesa.
“São cinco dias para o MP, cinco dias para o assistente de acusação para os memoriais escritos. Via DJE a Defesa tem cinco dias de prazo para apresentar novo memorial final por escrito. Após esses prazos o processo volta ao gabinete da magistrada”, diz trecho da nota.
Após todo o trâmite, a juíza vai decidir se o empresário vai ou não enfrentar júri popular.
O CASO
Carlos Alberto, filho do ex-deputado federal Carlos Bezerra (MDB), atirou contra sua ex-companheira Thays Machado, de 44 anos, e o atual namorado dela, William César Moreno, 30, em frente a um edifício residencial no bairro Alvorada, em Cuiabá. O crime foi cometido no dia 18 de janeiro.
Segundo a Polícia Civil, o casal foi ao edifício Solar Monet, onde mora a mãe de Thays, para deixar um carro na garagem. Ao sair na portaria para aguardar a chegada do veículo de transporte por aplicativo, eles foram surpreendidos pelo acusado.
No último dia 2, a juíza Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, da 1ª Vara Especializada em Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá, aceitou a denúncia contra o empresário, o tornando réu pelo duplo homicídio.
Carlos Alberto assumiu a autoria do crime durante depoimento à Polícia Judiciária Civil.
Carlos responde por homicídio quadruplamente qualificado contra Thays e triplamente qualificado contra o companheiro dela, Willian César Moreno. As qualitativas do homicídio são por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas, em ambos os casos. Já no caso de Thays, há ainda a acusação de feminicídio.
A denúncia, assinada pelo promotor Jaime Romaquelli, destaca que Carlos agiu sozinho para alcançar seu resultado: matar o casal. O promotor ainda pontua que o acusado cometeu o crime por motivo torpe e agiu de forma cruel e covarde.
