O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, teve a liberdade concedida pela Justiça, mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Célio foi preso na última quinta-feira, 19, após a deflagração da Operação Cartão-Postal, que apura esquemas de corrupção na Secretaria de Saúde de Sinop. A decisão foi proferida pelo desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal, nesta terça-feira, 24 de outubro, atendendo a pedido dos advogados de Célio.
Célio 'pegou carona' no habeas corpus do advogado Hugo Castilho, que foi liberado pela Justiça na última sexta-feira, 20 de outubro, mediante o pagamento de fiança.
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"Ante o exposto, defiro em parte a medida de urgência pleiteada para determinar a extensão dos efeitos da decisão prolatada pelo plantonista no dia 20 de outubro de 2023, para o fim de revogar a prisão preventiva de Célio Rodrigues da Silva, impondo a ele [...] o uso de monitoramento eletrônico por meio de tornozeleira”, decidiu o magistrado.
Para sustentar a decisão, Silva explicou que a prisão de Célio seria desproporcional e que a liberdade do advogado Hugo Castilho deveria se estender ao ex-secretário de Saúde da capital, já que o juiz plantonista não apontou nenhum elemento pessoal para que a liberdade fosse concedida apenas ao advogado.
Porém, o desembargador impôs o uso de tornozeleira eletrônica, ressaltando que Célio é alvo de várias operações que investigam fraudes na Saúde Pública.
“Por derradeiro, considerando que o paciente é também investigado em outras operações, tais como “Cupincha”, “Curare” e “Hypnos”, torna-se prudente a fim de obstar a reiteração delitiva; bem como evitar a aproximação dele dos locais definidos cautelarmente, a fixação, no seu caso específico, da cautelar de monitoração eletrônica”, sustentou o desembargador.
O magistrado também proibiu Célio de manter contato com os outros investigados e de se aproximar do prédio da Secretaria de Saúde de Sinop.
PRISÃO
Célio Rodrigues estava preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) desde a deflagração da Operação Cartão-Postal. Ele é apontado como um dos chefes da quadrilha responsável por desviar R$ 87 milhões da Saúde de Sinop.
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