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Judiciário Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 13:03 - A | A

Quarta-feira, 06 de Novembro de 2024, 13h:03 - A | A

OPERAÇÃO RAGNATELA

Ex-assessor ligado a facção pede liberdade, mas juiz mantém prisão

Tarley Carvalho

Editor-adjunto

O juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra, negou o pedido de revogação de prisão do ex-assessor parlamentar Elzyo Jardel Xavier Pires, detido pela Polícia Federal em junho deste ano, na deflagração da Operação Ragnatela. O magistrado ponderou que não há elementos suficientes para justificar a liberdade do investigado, apontado por envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho. A decisão é desta terça-feira, 5 de novembro.

“Neste ponto, sobreleva mencionar que o réu responde pelos fatos relatados na ação penal correlata e nas respectivas cautelares que a embasam, as quais, na visão deste juízo, apresentam a gravidade necessária a autorizar a imposição da prisão preventiva. Assim, o fato de o nome do requente não estar envolvido na deflagração da segunda fase da operação em nada altera a sua situação fático-processual identificada neste feito em análise”, pontuou o juiz.

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A defesa de Elzyo pediu para a justiça estender o habeas corpus concedido a outros dois réus do processo, Kamila Beretta Bertoni e Rodrigo de Souza Leal. Contudo, o juiz citou que os motivos que levaram Elzyo à prisão continuam válidos.

De acordo com as investigações, Elzyo integra o “Grupo G12”, instituído para lavar dinheiro do Comando Vermelho na capital mato-grossense. O esquema funcionava por meio de aquisição de casas noturnas e realização de shows nacionais em Cuiabá.

Para esses eventos, o grupo também pagava propina a fiscais e servidores da Administração Pública para agilizarem alvarás de autorização e para fazerem vista grossa a possíveis irregularidades.

Elzyo seria um dos responsáveis por agilizar essas autorizações, uma vez que atuava como assessor parlamentar na Câmara Municipal de Vereadores.

Além disso, durante as investigações, a Polícia também constatou que Elzyo utilizou suas redes sociais para publicar fotos dele segurando um fuzil durante uma viagem ao Rio de Janeiro.

“Por conseguinte, ELZYO JARDEL realizou diversas transferências bancárias com a pessoa jurídica STRICK PUB, gerando uma movimentação de, aproximadamente, R$ 170.000,00 entre os meses de agosto/2021 e fevereiro/2022. Outrossim, o denunciado realizou cerca de 15 transações com o acusado RODRIGO, totalizando R$ 52.781,50, bem como realizou inúmeros saques e depósitos em espécie”, destacou o juiz.

A Operação Ragnatela já teve uma segunda fase, denominada “Pubblicare”, deflagrada em setembro e que culminou na prisão do vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB).

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