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Judiciário Quarta-feira, 20 de Setembro de 2023, 20:51 - A | A

Quarta-feira, 20 de Setembro de 2023, 20h:51 - A | A

TRAGÉDIA EM SINOP

Defesa vê como “caça às bruxas” o indiciamento de médicos por morte de criança

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

O advogado criminalista Marcos Vinicius afirmou houve exagero no indiciamento de dois médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) onde morreu Manuella Tecchio Bronstrup, de 3 anos. Os profissionais de saúde foram indiciados por homicídio culposo pela morte da criança, ocorrida em março deste ano, no município de Sinop. A investigação foi conduzida pelo delegado Ugo Reck Mendonça e o inquérito enviado ao Poder Judiciário de Mato Grosso.

“Em tempo que lamentamos o ocorrido, entendemos que o relatório do delegado demonstra um exagero, não acreditamos que o Ministério Público manterá o entendimento da autoridade policial, vez que a médica do primeiro atendimento não possuía todos os exames necessários para uma análise técnica adequada”, disse o advogado, que representa a defesa dos médicos, em nota encaminhada à reportagem do Estadão Mato Grosso.

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Conforme apontado pela investigação, houve negligência do médico que fez o primeiro atendimento e imperícia do terceiro profissional. A partir dessas constatações, dois dos três médicos que atenderam a criança foram indiciados pelo crime de homicídio culposo.

A defesa dos médicos também destacou que a UPA estava superlotada no dia em que Manuella morreu e que não havia estrutura para o atendimento e realização de exames que pudessem indicar qualquer doença mais grave.

“Se formos analisar nexo causal que ligue o primeiro atendimento da criança com o infeliz episódio da sua morte, teremos que colocar nos bancos dos réus secretários de saúde, políticos etc. Temos que parar com essa caça às bruxas, humanamente era impossível constatar qualquer patologia que causasse qualquer risco a Manu, seja pela falta dos exames pertinentes para análise, seja pela precariedade que temos de atendimento na UPA que ultrapassam (sic) a responsabilidade dos médicos", concluiu.

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