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Judiciário Segunda-feira, 08 de Junho de 2020, 16:45 - A | A

Segunda-feira, 08 de Junho de 2020, 16h:45 - A | A

GRUPO REICAL

Decisão judicial empossa "analfabeta" e provoca prejuízo de R$ 15 milhões em 48 horas

A empresária Idê Guimarães, segundo seu advogado, saberia apenas “desenhar” o próprio nome

Redação Estadão Mato Grosso

Decisão proferida pela desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, da Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no último dia 3 afastou o administrador judicial, Eduardo Rabelo, do Grupo Reical sem que o mesmo fosse substituído por outro gestor nomeado judicialmente para presidir a empresa, que gera cerca de 400 empregos diretos e indiretos.

Em decisão monocrática a desembargadora nomeou a sócia da empresa, senhora Idê Gonsalves Guimarães, como administradora em detrimento dos demais sócios que litigam entre si pela sucessão e herança do Grupo Reical, desde que seu fundador, José Carlos Guimarães, foi assassinado a mando do próprio filho, Carlos Renato Guimarães, em janeiro de 2009. O advogado que representa a sócia Idê Guimarães, Ricardo Gomes de Almeida, confessou em reunião com representantes jurídicos dos demais sócios que sua cliente seria “praticamente analfabeta”, já que consegue apenas “desenhar” o próprio nome. Esse “detalhe” porém, não foi impeditivo para que Idê fosse nomeada administradora do grupo empresarial avaliado em quatrocentos milhões de reais.

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De acordo com informações colhidas, desde que tomou o controle das decisões da empresa, as três plantas industriais estão paralisadas com filas de caminhões esperando para carregar cerca de 300 mil toneladas de calcário, o que representa R$ 15 milhões em faturamento. Um funcionário do grupo, que não quis se identificar, disse que possivelmente estes clientes quebrarão o vínculo de fidelidade que possuem com a Reical e migrarão para as empresas concorrentes. “O calcário é um mineral de suma importância para correção do solo antes do plantio agrícola e a ausência ou demora na liberação do mesmo pode gerar ainda mais prejuízos milionários em “efeito cascata” aos consumidores finais”, explicou.

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