Decisão proferida pela desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho, da Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no último dia 3 afastou o administrador judicial, Eduardo Rabelo, do Grupo Reical sem que o mesmo fosse substituído por outro gestor nomeado judicialmente para presidir a empresa, que gera cerca de 400 empregos diretos e indiretos.
Em decisão monocrática a desembargadora nomeou a sócia da empresa, senhora Idê Gonsalves Guimarães, como administradora em detrimento dos demais sócios que litigam entre si pela sucessão e herança do Grupo Reical, desde que seu fundador, José Carlos Guimarães, foi assassinado a mando do próprio filho, Carlos Renato Guimarães, em janeiro de 2009. O advogado que representa a sócia Idê Guimarães, Ricardo Gomes de Almeida, confessou em reunião com representantes jurídicos dos demais sócios que sua cliente seria “praticamente analfabeta”, já que consegue apenas “desenhar” o próprio nome. Esse “detalhe” porém, não foi impeditivo para que Idê fosse nomeada administradora do grupo empresarial avaliado em quatrocentos milhões de reais.
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De acordo com informações colhidas, desde que tomou o controle das decisões da empresa, as três plantas industriais estão paralisadas com filas de caminhões esperando para carregar cerca de 300 mil toneladas de calcário, o que representa R$ 15 milhões em faturamento. Um funcionário do grupo, que não quis se identificar, disse que possivelmente estes clientes quebrarão o vínculo de fidelidade que possuem com a Reical e migrarão para as empresas concorrentes. “O calcário é um mineral de suma importância para correção do solo antes do plantio agrícola e a ausência ou demora na liberação do mesmo pode gerar ainda mais prejuízos milionários em “efeito cascata” aos consumidores finais”, explicou.