Carlinhos Bezerra, filho do ex-governador Carlos Bezerra (MDB), foi alvo de mais uma ação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), que está pedindo a revogação da sua prisão domiciliar. Carlinhos, que é réu pela morte da sua ex-companheira Thays Machado e o namorado dela, Willian Cesar Moreno, em janeiro de 2023, estaria desrespeitando os termos da prisão domiciliar, indo a mercados com seguranças armados e não apresentando os exames que comprovam que ele tem, de fato, uma doença grave, que exige cuidado domiciliar.
O pedido de revogação foi feito neste domingo (25), pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, e encaminhado ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). No documento, Jaime relata que Carlinhos fez vários exames às vésperas do prazo imposto pela Justiça.
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Nos laudos levados à Justiça, foi atestado somente que Carlinhos possui um tipo de diabete, que exige alimentação balanceada e preservação de insulina. No entanto, a doença não é impeditiva para sua permanência na prisão, segundo a avaliação do jurista.
“No caso em estudo, tudo demonstra que o réu, desde que use os medicamentos necessários para o controle do diabete, goza de plena saúde, tanto que se mostrou apto para circular pessoalmente pela cidade à caça de atestados e exames, sem ser transportado por terceiros e administra, ele próprio, o cronograma de uso dos medicamentos”, diz a decisão.
“Se o réu é portador de diabete mellitus e necessita de "alimentação especial”, nada impede que os familiares viabilizem o fornecimento dessa alimentação e medicamentos no presídio onde estiver. Não é proibido o envio de alimento ao preso”, completa.
SEGURANÇAS ARMADOS
Falando em “apto para circular”, Carlinhos também foi flagrado andando na companhia de seguranças armados em um supermercado. Segundo a decisão, Carlinhos fez vários deslocamentos sem autorização da Justiça. A prática quebra um dos princípios fundamentais da prisão domiciliar, que só permite que o réu saía de casa sob autorização expressa da Justiça.
“Carlos Alberto fez diversos deslocamentos não autorizados pelo juízo, inclusive comparecendo a supermercados da cidade, ladeado por segurança armados, representando uma afronta à justiça e à sociedade, e uma ameaça aos familiares e testemunhas do processo”, denuncia Jaime.
O promotor também solicitou um relatório detalhado sobre o deslocamento de Carlos, que usa tornozeleira eletrônica desde outubro de 2023.
“Bem como sobre eventuais interrupções no funcionamento da tornozeleira decorrentes de descarregamento ou violações”, encerra.
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