11h08-
Thiago Celestino Pereira, Escrivão de Polícia
===========================================================================================================
11h00- Enquanto eu corria, eu não olhei para trás e não vi a Larissa correndo. Eu só escutava o grito da mãe, a esposa do Getúlio, gritando "Larissa, Larissa."
10h57 - Eu havia ido ao bar ver os jogos do getúlio. O ambiente sempre foi familiar, lá tinha campeonato.
10h56- Ezequias enquadrou todo mundo e falou, quem correr vai tomar. Eu nunca havia visto desentendimento entre eles
10h53 - Eu trabalho na vigilância e fico "cabreiro" com esse tipo de coisa, disse Luís ao ver Edgar jogando o taco na mesa.
10h50 - Eles estavam tranquilos, pediram marmita para almoçar. Ninguém zuou, ninguém falou nada.
10h47 - eu ia as vezes e o primeiro jogo que eu vi em Sinop foi do Edgar contra o Getúlio, o primeiro e último.
10h45- Eu chamei um amigo para me ajudar e no carro eu fui abordado pela polícia, que contou que havia acontecido. Voltando com as autoridades, eu vi a minha sobrinha morta.
10h44- Nós estávamos em casa, num dia normal, dai o Bruno ligou e falou que tinha um jogo e fomos convidados. Chegamos lá por volta das 11 horas e lá já estavam o Edgar e o Ezequias. Edgar perdeu, saiu, retornou, chamou Getulio de novo para jogar. Edgar tomou uma bronca do Getúlio e falou para Ezequias, já to indo. Nisso, Ezequias sacou a arma e enquadrou todo mundo. Edgar puxou a escopeta do carro e na hora que eu virei, ele atirou. No segundo tiro, eu corri, nessa hora eu não vi mais nada mais. Eu corri tanto e após fugir, eu liguei para os pais e contei que todos foram mortos.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Luís Carlos, funcionário e amigo de Getúlio.
============================================================================================================
10h25 - O cliente que foi agredido na cabeça por Edgar não estava na data do crime e ela, Kelma, não lembra de quem é.
10h24 - Eu estava no trabalho e minha irmã foi me buscar no serviço após o ocorrido.
10h23 - Tudo que Edgar pedir, você pode dar e só anota que depois ele paga, disse a mulher lembrando que Edgar e Bruno tinham proximidade.
10h20 - "Minha filha só vive chorando, ela era muito apegada e ele é muito dificil", disse a mulher aos prantos durante o julgamento. O pai era muito amoroso e se dedicava a cuidar das crianças.
10h19 - Em um dia, Edgar quebrou um taco na cabeça de um cliente. Edgar era explosivo e Bruno precisou intervrir.
10h16 - Nunca houve relatos de conflito entre os envolvidos. Por volta de meio-dia na data do crime, Bruno enviou um audio à esposa para dizer que ia trabalhar e esse foi o último contato dele com a mulher. A mulher não conhecia Ezequias, mas conhecia as outras vítimas, Adriano só ia beber e Josué passava o dia todo no bar. Florisberto era outra vítima, amigo do Bruno ao ponto que ele o chamava de irmão.
10h15 - Edgar frequentava bastante o bar e onde o Bruno ia para torneios próximos, Edgar o acompanhava.
10h13 - Nós temos dois filhos, uma de 14 e outra de 9. Bruno trabalhava há 10 anos no bar. O bar atraía pessoas de vários lugares quando torneios de sinuca eram realizados.
KELMAN SILVA ANDRADE COSTA, ESPOSA DE MACIEL BRUNO DE ANDRADE COSTA (VÍTIMA)
=====================================================================================================
10h08 - O chip onde a gravação estava registrada tem apenas 32 gigas e somente registrou a tarde do crime.
10h06 - Eu frequento o grupo de oração da catedral e já o vi (Edgar) algumas vezes.
10h04 - "Você matou uma criança de 14 anos, ela também é vagabunda?" Em resposta, Edgar disse que errou o tiro.
10h02 - Nenhum dos clientes tem passagem.
10h00 - O que nós concluímos é que Edgar só matou por causa do prejuízo material, pois não havia sinais de "gozação" das vítimas contra os suspeitos.
09h58 - A arma que Edgar usou estava municiado com bala para curta distância, por isso as perfurações em diversas partes do corpo das vítimas.
09h56 - Durante a condução à delegacia, Edgar disse que os clientes estavam entrando na mente dele, contudo não observamos nenhuma animosidade
09h54 - Ele matou as vítimas fumando cigarro, demonstrando "naturalidade".
09h50 - Eles conseguiram as imagens um dia depois. Na delegacia, Edgar disse que só ia falar em Juízo. No dia do crime, Edgar perdeu R$ 4 mil durante a manhã e a tarde, voltou já premeditado para matar os seus desafetos. A Polícia acha que errou de propósito e sai, passa pelo Ezequial "a hora é essa", ele vai para a caminhonete. Ezequias enquadra todo mundo e Edgar vem com a caminhonete, mata o dono do bar e continua atirando e o último tiro foi na criança. Após isso, Edgar pega o dinheiro, Ezequias pega o dinheiro das vítimas e fogem.
09h47 - No fim do dia 22, localizaram a s10 do Edgar, com a escopeta dentro do veículo. Edgar falou que dispensou uma pistola em um rio e a arma foi localizada.
09h44 - Ele foi preso em uma casa no Jardim California, na casa de um amigo e encaminhamos ele à delagacia. O Edgar e o advogado no banco de trás. "Todos aqueles que ele matou não valiam nada, todos vagabundos e que mereciam morrer. A menina não era pra matar. Você não é um amador, você sabia que atirar ia acertar", ele ficou quieto.
09h43 - Na noite daquele mesmo dia, o "Advogado Ostentação" falou que o cara ia se entregar. O advogado Braulio falou com a mãe do Edgar e pediu para ele se entregar, mas o advogado já agilizou a entrega. Exigências, ele quer a presença da imprensa e ele, quer também que o advogado o acompanhe na viatura até a delegacia.
09h41 - As esposas estariam ajudando na fuga em um carro, o veículo foi apreendido na casa da mãe. Em mais uma casa, os policiais foram à caçada, mas no local só foram localizados pertences pessoais, indicando que eles haviam passado por lá. Com a equipe do Bope auxiliando, outra denúncia levou os policiais até um rio onde eles haviam sido vistos, Ezequias foi localizado, entrou em confronto e morreu após ser levado ao regional.
09h37- Por se tratar de um crime sobre uma barbárie muito grande, a informação começou a se espalhar. Estava de folga e começaram a trabalhar. Uma hora depois, eles já tinham o nome dos caras. Fugiram em uma caminhonete e começaram a ser caçados. Várias denuncias chegaram e no assentamento 12 de Outubro, os policiais foram fazer a primeira busca. Na manhã do dia 22, o pessoal da Homicídios começou a investigar diretamente. Eles foram até a casa de um tio, conhecido há anos pelo policial e o tio liberou a entrada. Tio do Edgar incentivou a prisão do suspeito: 'se ele fez, ele tem que pagar'.
WILSON CANDIDO DE SOUZA, INVESTIGADOR DA POLICIA CIVIL
===============================================================================================
09h29 - Ela não tinha conhecimento de brigas do Edgar com os clientes. Ezequias mandou a mulher ficar no chão. Edgar não falou nada para ela. Ezequias apontou a arma para ela e tentou atirar nela no momento que tentou pegar a bolsa dela. "Eu só não morri porque a bala acabou"
09h27 - A tv estava ligada no bar sem som e ela não prestou atenção na conversa da vítima. A mulher já havia ido ao bar e já tinha visto Edgar no bar e lembra dele ter jogado antes e perdido. Ela só conhecia o Edgar de vista.
===============================================================================================
09h25 - Que ele fique preso, que ele pague pelo que ele fez. Ela não vai mais voltar, mas ele ficando preso.
09h24 - A criança era tudo pra ela, no outro mês ia fazer aniversário.
09h23 - Eu tinha os dois e agora eu não tenho mais ninguém. Não tenho mais ninguém comigo.
09h21 - Ninguém debochou deles, ninguém fez nada contra os atiradores.
09h17 - "Não mãe, eu não posso ficar aqui, me socorre". A mulher chorou e viu a criança correr, Edgar mandou todo mundo ficar no chão, a mulher ficou no chão enquanto a criança corria e Edgar atirava nas vítimas. Ezequias mandou todo mundo ficar no chão. A bolsa com dinheiro estava com a Raquel e os bandidos pegaram a bolsa, que estava com os celulares da vítima.
09h16 - Raquel diz que foi um momento muito difícil. Raquel chora durante o julgamento. Raquel ouviu Edgar "Manda todo mundo ir pra parede".
09h12 - Raquel chamou Getulio para ir embora no momento. Ele ja havia ganhado R$ 2 mil do Edgar ainda pela manhã. Eles ficaram jogando normal enquanto estavam sentados no local. "E aí eles perderam e por inveja cometeram o crime, porque eles não sabiam jogar. Eles não sabiam perder".
09h07 - Raquel Gomes de Souza, foi um dia muito difícil, a gente foi para esse bar. A gente foi pela manhã, acompanhada da Larissa e do Getulio. Não costumava frequentar, pois não moravam lá. Ele (Getulio) jogava apostado e conhecia o Edgar (assassino), eles jogavam juntos e na data do crime, eles haviam jogado apostado, mas a quantia a mulher não lembra. Eles haviam jogado sábado e domingo, antes do crime. Edgar e Ezequias, o outro atirador também estava. EDGAR FICOU DEBOCHANDO DO GETÚLIO ANTES DA MORTE.
09h05 - Raquel Gomes de Souza, mãe da vítima de 12 anos, começa a depor e diz que não se sente confortável em estar na presença do assassino de sua filha e marido.
RAQUEL GOMES DE SOUZA, MÃE DA CRIANÇA E QUE SOBREVIVEU A CHACINA.
=================================================================================================
TEXTO ORIGINAL
Ainda nas primeiras horas desta terça-feira (15), Edgar Ricardo de Oliveira, conhecido pelo terrível episódio da Chacina de Sinop, começará a ser julgado. O julgamento ocorre no fórum da Comarca de Sinop, 1 ano e 8 meses depois do crime. Edgar está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e acompanha o julgamento de forma virtual. O assassino será julgado pelo Tribunal do Júri.
O julgamento é presidido pela juíza Rosângela Zackarkim dos Santos e a defesa de Edgar patrocinada pela Defensoria Pública Estadual, que está presente no fórum.
Edgar está preso desde fevereiro de 2023 pelo crime, o qual cometeu junto com o amigo Ezequias Souza Ribeiro, morto em um confronto com militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Edgar permaneceu escondido durante alguns dias e se entregou aos policiais no dia 23 de fevereiro de 2023, dois dias após o sangrento episódio.
O atirador chegou a ficar preso no Presídio Ferrugem, em Sinop, mas foi transferido para Cuiabá por motivos de segurança. Na PCE, o acusado teria sido agredido por agentes penitenciários.
Relembre o caso aqui.
ACOMPANHE O JULGAMENTO.