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Judiciário Terça-feira, 15 de Outubro de 2024, 13:20 - A | A

Terça-feira, 15 de Outubro de 2024, 13h:20 - A | A

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Atirador da Chacina de Sinop começa a depor de dentro da PCE

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

11h48- Edgar diz que trabalhou desde pequeno e diz que quer que a Justiça seja feita.

EDGAR
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11h36-
Não é só atirar, tem que ter registro, experiência, prática de tiros. Ele tem que ter experiência. Além de ter a experiência dos stands de tiro, ele atirava na chácara e caçava animais.

11h35-
Não havia outras câmeras, somente a do bar, que captura o exato momento que Edgar mata as vítimas.

11h33-
A perda do dinheiro foi a motivação do crime. Porque a outra motivação, do sarro, é refutada pelas imagens e pelas testemunhas.

11:31-
Calmo, tranquilo. Eu nunca tinha visto isso na minha vida e olha que já foram 400 homicídios. Ele atirou nas pessoas fumando, dando a entender que ele tava se deliciando com o crime. É a coisa mais absurda que já presenciamos aí. Ele estava tranqulissimo.

11h29-
Quando ele fugiu e abandonou a caminhonete, ele teve o cuidado de esconder a escopeta dentro da caminhonete.

11h27-
Era um bairro, havia carros na rua e da forma que ele atingiu a Larissa e a probabilidade dele ter atingido outra pessoa era muito alta e mesmo ele tendo pulado a Raquel no chão, no momento que ele atira no Adriano Balbinoti, um idoso, ele poderia ter alvejado a Raquel.

11h25-
A perícia diz que Edgar mirou o tiro na adolescente porque foi no centro das costas, contrária a versão de Edgar que alegou que não queria executar a vítima. Não satisfeito após matar Larissa, Edgar ainda volta ao cadáver de Bruno para atirar mais uma vez, mas a arma não consegue.

11h24-
Edgar deixa de atirar em uma das vítimas, para Ezequias executá-la com um tiro na cabeça. Ezequias ainda atira no dono do bar e no pai da criança, mesmo os dois já estando mortos no chão.

11h19 -
Edgar comentou que havia chacota das vítimas, mas nas imagens, não foi atestado isso. Edgar ainda tentou dizer que fizeram piada com a mulher dele, mas o vídeo é cristalino e não aparece isso. Edgar tinha conhecimento que o dinheiro era do Getulio e o furta mesmo assim. Era a última bola do Edgar, ele tava com o seu taco profissional,ou seja ele tinha condições de ganhar, mas erra e ai ele vai pegar a sua escopeta, diz o escrivão corroborando a versão do investigador de que o crime foi premeditado.

11h17-
Na delegacia, ele continuou culpando as vítimas, dizendo que eram todos vagabundos e contou que  havia perdido R$ 2400 na manhã e na parte da tarde, ele voltou já com a escopeta no carro. Questionado, o homem falou que não premeditou o crime, mas que levou a arma porque queria ir para um sítio depois do jogo. 

11h12-
Eu assisti o vídeo da chacina por mais de 30 vezes para fazer o relatório e ver quem fez o que e durante a investigação, Ezequias morreu e Edgar se entregou, com a presença da imprensa e do advogado na viatura. Vale ressaltar que no momento que o advogado entrou em contato, os dois stiradores já estavam com os mandados de prisão. Uma questão interessante, Edgar falou que queria preservar vidas aos jornalistas de Sinop, contudo no caminho da delegacia, Edgar chamou todo mundo de vagabundo, mas ao ser questionado sobre a criança, ele tentou desconversar. 

11h08-
Esse crime ocorreu no feriado de carnaval, o plantão atendeu juntamente com a PM. Foi questão aí de uma hora mais ou menos a as forças já tinham a qualificação do suspeito e o vídeo já circulava. Ao passo que a investigação circulava, várias diligências foram feitas para prender em flagrante os suspeitos. As esposas dos dois estavam com a chave de um carro para fugir, mas como estavam sendo vigiadas, não conseguiram ajudá-los a fugir.

Thiago Celestino Pereira, Escrivão de Polícia

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11h00-
Enquanto eu corria, eu não olhei para trás e não vi a Larissa correndo. Eu só escutava o grito da mãe, a esposa do Getúlio, gritando "Larissa, Larissa."

10h57 -
Eu havia ido ao bar ver os jogos do getúlio. O ambiente sempre foi familiar, lá tinha campeonato.

10h56-
Ezequias enquadrou todo mundo e falou, quem correr vai tomar. Eu nunca havia visto desentendimento entre eles

10h53 -
Eu trabalho na vigilância e fico "cabreiro" com esse tipo de coisa, disse Luís ao ver Edgar jogando o taco na mesa.

10h50 -
Eles estavam tranquilos, pediram marmita para almoçar. Ninguém zuou, ninguém falou nada.

10h47 -
 eu ia as vezes e o primeiro jogo que eu vi em Sinop foi do Edgar contra o Getúlio, o primeiro e último.

10h45- Eu chamei um amigo para me ajudar e no carro eu fui abordado pela polícia, que contou que havia acontecido. Voltando com as autoridades, eu vi a minha sobrinha morta.

10h44- Nós estávamos em casa, num dia normal, dai o Bruno ligou e falou que tinha um jogo e fomos convidados. Chegamos lá por volta das 11 horas e lá já estavam o Edgar e o Ezequias. Edgar perdeu, saiu, retornou, chamou Getulio de novo para jogar. Edgar tomou uma bronca do Getúlio e falou para Ezequias, já to indo. Nisso, Ezequias sacou a arma e enquadrou todo mundo. Edgar puxou a escopeta do carro e na hora que eu virei, ele atirou. No segundo tiro, eu corri, nessa hora eu não vi mais nada mais. Eu corri tanto e após fugir, eu liguei para os pais e contei que todos foram mortos.

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Luís Carlos, funcionário e amigo de Getúlio.
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10h25 -
O cliente que foi agredido na cabeça por Edgar não estava na data do crime e ela, Kelma, não lembra de quem é.

10h24 -
Eu estava no trabalho e minha irmã foi me buscar no serviço após o ocorrido.

10h23 -
Tudo que Edgar pedir, você pode dar e só anota que depois ele paga, disse a mulher lembrando que Edgar e Bruno tinham proximidade.

10h20 -
 "Minha filha só vive chorando, ela era muito apegada e ele é muito dificil", disse a mulher aos prantos durante o julgamento. O pai era muito amoroso e se dedicava a cuidar das crianças.

10h19 -
Em um dia, Edgar quebrou um taco na cabeça de um cliente. Edgar era explosivo e Bruno precisou intervrir.

10h16 -
Nunca houve relatos de conflito entre os envolvidos.  Por volta de meio-dia na data do crime, Bruno enviou um audio à esposa para dizer que ia trabalhar e esse foi o último contato dele com a mulher. A mulher não conhecia Ezequias, mas conhecia as outras vítimas, Adriano só ia beber e Josué passava o dia todo no bar. Florisberto era outra vítima, amigo do Bruno ao ponto que ele o chamava de irmão.

10h15 -
Edgar frequentava bastante o bar e onde o Bruno ia para torneios próximos, Edgar o acompanhava.

10h13 -
Nós temos dois filhos, uma de 14 e outra de 9. Bruno trabalhava há 10 anos no bar. O bar atraía pessoas de vários lugares quando torneios de sinuca eram realizados.

KELMAN SILVA ANDRADE COSTA, ESPOSA DE MACIEL BRUNO DE ANDRADE COSTA (VÍTIMA)
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10h08 -
O chip onde a gravação estava registrada tem apenas 32 gigas e somente registrou a tarde do crime. 

10h06
- Eu frequento o grupo de oração da catedral e já o vi (Edgar) algumas vezes.

10h04 - "
Você matou uma criança de 14 anos, ela também é vagabunda?" Em resposta, Edgar disse que errou o tiro.

10h02 -
Nenhum dos clientes tem passagem.

10h00 - O que nós concluímos é que Edgar só matou por causa do prejuízo material, pois não havia sinais de "gozação" das vítimas contra os suspeitos.

09h58 -
A arma que Edgar usou estava municiado com bala para curta distância, por isso as perfurações em diversas partes do corpo das vítimas.

09h56 - 
Durante a condução à delegacia, Edgar disse que os clientes estavam entrando na mente dele, contudo não observamos nenhuma animosidade

09h54 -
Ele matou as vítimas fumando cigarro, demonstrando "naturalidade".

09h50 -
Eles conseguiram as imagens um dia depois. Na delegacia, Edgar disse que só ia falar em Juízo. No dia do crime, Edgar perdeu R$ 4 mil durante a manhã e a tarde, voltou já premeditado para matar os seus desafetos. A Polícia acha que errou de propósito e sai, passa pelo Ezequial "a hora é essa", ele vai para a caminhonete. Ezequias enquadra todo mundo e Edgar vem com a caminhonete, mata o dono do bar e continua atirando  e o último tiro foi na criança. Após isso, Edgar pega o dinheiro, Ezequias pega o dinheiro das vítimas e fogem.

09h47 
- No fim do dia 22, localizaram a s10 do Edgar, com a escopeta dentro do veículo. Edgar falou que dispensou uma pistola em um rio e a arma foi localizada.

09h44 - Ele foi preso em uma casa no Jardim California, na casa de um amigo e encaminhamos ele à delagacia. O Edgar e o advogado no banco de trás. "Todos aqueles que ele matou não valiam nada, todos vagabundos e que mereciam morrer. A menina não era pra matar. Você não é um amador, você sabia que atirar ia acertar", ele ficou quieto.

09h43 - Na noite daquele mesmo dia, o "Advogado Ostentação" falou que o cara ia se entregar. O advogado Braulio falou com a mãe do Edgar e pediu para ele se entregar, mas o advogado já agilizou a entrega. Exigências, ele quer a presença da imprensa e ele, quer também que o advogado o acompanhe na viatura até a delegacia.

09h41 - As esposas estariam ajudando na fuga em um carro, o veículo foi apreendido na casa da mãe. Em mais uma casa, os policiais foram à caçada, mas no local só foram localizados pertences pessoais, indicando que eles haviam passado por lá. Com a equipe do Bope auxiliando, outra denúncia levou os policiais até um rio onde eles haviam sido vistos, Ezequias foi localizado, entrou em confronto e morreu após ser levado ao regional.

09h37- Por se tratar de um crime sobre uma barbárie muito grande, a informação começou a se espalhar. Estava de folga e começaram a trabalhar. Uma hora depois, eles já tinham o nome dos caras. Fugiram em uma caminhonete e começaram a ser caçados. Várias denuncias chegaram e no assentamento 12 de Outubro, os policiais foram fazer a primeira busca. Na manhã do dia 22, o pessoal da Homicídios começou a investigar diretamente. Eles foram até a casa de um tio, conhecido há anos pelo policial e o tio liberou a entrada. Tio do Edgar incentivou a prisão do suspeito: 'se ele fez, ele tem que pagar'.

WILSON CANDIDO DE SOUZA, INVESTIGADOR DA POLICIA CIVIL
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09h29 -
Ela não tinha conhecimento de brigas do Edgar com os clientes. Ezequias mandou a mulher ficar no chão. Edgar não falou nada para ela. Ezequias apontou a arma para ela e tentou atirar nela no momento que tentou pegar a bolsa dela. "Eu só não morri porque a bala acabou"

09h27 - A tv estava ligada no bar sem som e ela não prestou atenção na conversa da vítima. A mulher já havia ido ao bar e já tinha visto Edgar no bar e lembra dele ter jogado antes e perdido. Ela só conhecia o Edgar de vista.
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09h25 -
Que ele fique preso, que ele pague pelo que ele fez. Ela não vai mais voltar, mas ele ficando preso.

09h24  -
A criança era tudo pra ela, no outro mês ia fazer aniversário.

09h23 -
Eu tinha os dois e agora eu não tenho mais ninguém. Não tenho mais ninguém comigo.

09h21 -
Ninguém debochou deles, ninguém fez nada contra os atiradores.

09h17 -
"Não mãe, eu não posso ficar aqui, me socorre". A mulher chorou e viu a criança correr, Edgar mandou todo mundo ficar no chão, a mulher ficou no chão enquanto a criança corria e Edgar atirava nas vítimas. Ezequias mandou todo mundo ficar no chão. A bolsa com dinheiro estava com a Raquel e os bandidos pegaram a bolsa, que estava com os celulares da vítima.

09h16 - Raquel diz que foi um momento muito difícil. Raquel chora durante o julgamento. Raquel ouviu Edgar "Manda todo mundo ir pra parede".

09h12 - Raquel chamou Getulio para ir embora no momento. Ele ja havia ganhado R$ 2 mil do Edgar ainda pela manhã. Eles ficaram jogando normal enquanto estavam sentados no local. "E aí eles perderam e por inveja cometeram o crime, porque eles não sabiam jogar. Eles não sabiam perder".

09h07 - Raquel Gomes de Souza, foi um dia muito difícil, a gente foi para esse bar. A gente foi pela manhã, acompanhada da Larissa e do Getulio. Não costumava frequentar, pois não moravam lá. Ele (Getulio) jogava apostado e conhecia o Edgar (assassino), eles jogavam juntos e na data do crime, eles haviam jogado apostado, mas a quantia a mulher não lembra. Eles haviam jogado sábado e domingo, antes do crime. Edgar e Ezequias, o outro atirador também estava. EDGAR FICOU DEBOCHANDO DO GETÚLIO ANTES DA MORTE.

09h05 - Raquel Gomes de Souza, mãe da vítima de 12 anos, começa a depor e diz que não se sente confortável em estar na presença do assassino de sua filha e marido.

RAQUEL GOMES DE SOUZA, MÃE DA CRIANÇA E QUE SOBREVIVEU A CHACINA.

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TEXTO ORIGINAL

Ainda nas primeiras horas desta terça-feira (15), Edgar Ricardo de Oliveira, conhecido pelo terrível episódio da Chacina de Sinop, começará a ser julgado. O julgamento ocorre no fórum da Comarca de Sinop, 1 ano e 8 meses depois do crime. Edgar está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e acompanha o julgamento de forma virtual. O assassino será julgado pelo Tribunal do Júri.

O julgamento é presidido pela juíza Rosângela Zackarkim dos Santos e a defesa de Edgar patrocinada pela Defensoria Pública Estadual, que está presente no fórum.

Edgar está preso desde fevereiro de 2023 pelo crime, o qual cometeu junto com o amigo Ezequias Souza Ribeiro, morto em um confronto com militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Edgar permaneceu escondido durante alguns dias e se entregou aos policiais no dia 23 de fevereiro de 2023, dois dias após o sangrento episódio.

O atirador chegou a ficar preso no Presídio Ferrugem, em Sinop, mas foi transferido para Cuiabá por motivos de segurança. Na PCE, o acusado teria sido agredido por agentes penitenciários.

Relembre o caso aqui.

ACOMPANHE O JULGAMENTO.

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