Eleito presidente para o próximo biênio nesta tarde de quinta-feira, 10 de outubro, o desembargador José Zuquim avaliou que o afastamento de magistrados prejudica a credibilidade do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). A fala refere-se aos desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes, suspensos do cargo por suspeita de venda de sentenças. O presidente eleito evitou fazer comentários sobre o caso e disse que é preciso aguardar as investigações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
“Agora, que realmente isso [o afastamento] prejudica a credibilidade da instituição, prejudica! Mas não vamos fazer julgamento precipitado, vamos aguardar que o CNJ apure isso, qualquer julgamento precipitado seria ilógico e incoerente da minha parte”, comentou.
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Os desembargadores estão afastados há dois meses e o caso segue tramitando na Corregedoria Nacional. Apesar do tempo que já se passou, o presidente eleito ponderou que é preciso aguardar as investigações serem concluídas.
“O CNJ trabalha com precisão. Não só o CNJ, mas o Judiciário também precisa trabalhar com precisão, com fatos concretos... nós não podemos levar em conta denúncias, falácias... tudo tem que ser apurado e, para isso, existe o devido processo legal, existe o direito ao contraditório e tudo isso será investigado”, avaliou.
João Ferreira e Sebastião de Moraes foram afastados no dia 1º de agosto em meio às investigações sobre a execução do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, em Cuiabá. O CNJ apontou que os dois desembargadores eram bastante próximos do jurista e que há fortes indícios de que recebiam vantagens para emitirem decisões de acordo com o interesse do advogado, sejam em ações nas quais ele atuava ou em outras que eram de seu interesse.
Além do afastamento da função, os magistrados também foram alvo de quebra de sigilo bancário e fiscal. Além deles, servidores do TJMT também foram alvos dessa quebra de sigilo.