Ricardo Gomes de Almeida, advogado da empresária Idê Gonsalves Guiamarães, protocolizou na manhã dessa terça-feira, 9, pedido de total sigilo no autos do processo que tramita na Primeira Câmara Cível de Direito Privado, sob relatoria da desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho. O pedido aconteceu no dia seguinte à publicação de matéria neste site, que trouxe a notícia de que o advogado Ricardo Almeida disse em reunião com outros advogados que sua cliente era “praticamente analfabeta”, já que saberia apenas “desenhar” o próprio nome. O advogado tenta ainda, na mesma petição, excluir dos autos do processo os áudios comprobatórios de tais declarações.
Segundo especialistas, o processo em questão não preenche requisitos para decretação de sigilo, pois todas as partes são maiores e capazes, além de tratar-se de direito disponível referente a uma questão empresarial.
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ENTENDA O CASO
Em decisão monocrática, proferida no dia 3 de junho, a desembargadora Nilza Maria Pôssas de Carvalho nomeou a senhora Idê Gonsalves Guimarães, como administradora da empresa em detrimento dos demais sócios que litigam entre si pela sucessão e herança do Grupo Reical, desde que seu fundador, José Carlos Guimarães, foi assassinado a mando do próprio filho, Carlos Renato Guimarães, em janeiro de 2009. O advogado que representa a sócia Idê Guimarães, Ricardo Gomes de Almeida, “confessou um dado importante” em reunião com representantes jurídicos dos demais sócios, que sua cliente seria “praticamente analfabeta”, já que consegue apenas “desenhar” o próprio nome. Esse “detalhe” porém, não foi impeditivo para que Idê fosse nomeada administradora do grupo empresarial avaliado em quatrocentos milhões de reais.