Amargando sua quarta derrota consecutiva no Brasileirão, o Cuiabá já vê acender uma luz de alerta, indicando que ajustes precisam ser feitos para recuperar a boa forma vivida há pouco menos de um mês. Por hora, o Dourado conseguiu se manter na 10ª posição porque o Corinthians e o São Paulo não jogaram no final de semana, mas essa situação pode se inverter durante a semana.
Até bem pouco tempo atrás, o Cuiabá vivia uma situação muito boa, com uma sequência de seis jogos sem perder e quatro vitórias. Fechou o primeiro turno com a melhor campanha de sua história e parecia destinado a brilhar nesta temporada. Porém, chegou à quarta derrota na manhã deste domingo, 3 de setembro, contra o Grêmio. Todas pelo placar de 2 a 0.
“Momento difícil, em que a gente tem que se apegar mais ainda. A gente estava vivendo um bom momento, em alguns jogos até não jogamos bem, mas acabamos sendo efetivos, e a gente está passando por esse momento de não efetividade e um gol ou outro a gente dando mole. Mas, é seguir em frente, cabeça boa”, lamentou o goleiro Walter, capitão do time, em entrevista após o jogo.
Na derrota para o Grêmio, o técnico António Oliveira pode até culpar os desfalques. O zagueiro Marllon e o volante Ranielle, peças vitais do sistema defensivo do Dourado, estavam cumprindo suspensão automática após tomarem o terceiro amarelo. Além disso, Clayson está se recuperando de uma lesão, desfalcando o setor ofensivo.
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Diante da situação, Oliveira escalou Allyson no lugar de Marllon, enquanto Filipe Augusto assumiu a função no meio de campo. Só que o português fez mudanças ainda mais profundas no time. Deixou Fernando Sobral no banco para promover a estreia de Lucas Mineiro como titular, passando o volante Pablo Ceppelini para a função de Jonathan Cafú, à direita. Nada disso parece ter dado muito certo.
Alysson teve dificuldades para segurar o ataque gremista e foi justamente pelo seu lado que o Imortal criou as melhores oportunidades, aproveitando os espaços cedidos entre ele e Matheus Alexandre. Filipe Augusto exerceu sua função de forma mais equilibrada, mas não conseguiu entregar a mesma qualidade de marcação que Ranielle na entrada da área. Lucas Mineiro sofreu para encontrar seu lugar na marcação e parece não ter se encaixado com Ceppelini, que também não estava em seu melhor dia. Colocado mais à direita, o meia não conseguiu participar da construção de jogo como sempre faz e entregou pouco.
A má fase vivida pelo Dourado parece trazer de volta um velho problema: a falta de efetividade do ataque. Mesmo quando o time cria boas jogadas, os atacantes não conseguem colocar a bola na rede. Além disso, a produção do ataque está em baixa. No jogo contra o Grêmio, foram apenas três chutes a gol, apesar dos nove escanteios cobrados e da grande vantagem em posse de bola.
Ainda não é motivo para desespero, mas mostra que Oliveira precisa ajustar seu time urgentemente para continuar a perseguir a meta de permanecer na Série A.
“A gente tem um grande elenco, é um baita time e a gente vai continuar em cima”, resume o esperançoso capitão Walter.
Oliveira terá tempo de sobra para ajustar seu time. O Cuiabá só volta a jogar daqui a 10 dias, no dia 15 de setembro, quando receberá o América-MG, vice-lanterna do Brasileirão, na Arena Pantanal.
