Apesar de ter conseguido conquistar uma vitória improvável contra o Botafogo no último domingo, 29 de outubro, o técnico António Oliveira disparou críticas contra a grama sintética usada no Estádio Nilton Santos, casa do adversário.
Segundo o treinador, as equipes que usam esse tipo de gramado conseguem tirar vantagem em cima de seus adversários. Ele ainda sugeriu que seja revisto o uso da grama sintética para a próxima temporada do Brasileirão.
“Foi um jogo difícil, contra um adversário que é líder do campeonato, num gramado muito distante daquilo que estamos habituados. Acho que os clubes que têm esse tipo de gramado tiram muito proveito dessa situação. Isso deve ser revisto futuramente, para haver mais verdade desportiva dentro do campeonato”, pontuou o treinador.
Oliveira ressaltou ainda que os números do campeonato comprovam sua teoria, já que o Botafogo só perdeu duas vezes em casa, contra o Cuiabá e contra o Flamengo.
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“Não estou dizendo que é só por isso que o Botafogo está em primeiro lugar, mas os números dentro de casa dizem por si. Só tem duas derrotas, contra o Flamengo e hoje contra o Cuiabá. É uma equipe que tira muito proveito da sua casa, mas a vitória é exclusivamente dos meus jogadores”, explicou.
O uso da grama sintética divide opiniões no futebol. Os jogadores reclamam que a bola ‘corre’ mais e quica muito em comparação à grama real. Também há reclamações de que o gramado sintético escorrega mais do que o normal e de que causa mais lesões aos atletas, devido ao estresse adicional, já que a superfície por baixo do gramado pode não ser tão ‘fofa’ quanto a terra.
Por outro lado, os gramados sintéticos em uso no Brasil atendem a um padrão estabelecido pela Fifa, entidade máxima do futebol, que faz um comparativo com os gramados naturais em parâmetros como quique da bola, rolagem e tração da chuteira, entre outros.
Não que isso seja suficiente para convencer os jogadores, que têm a experiência em primeira mão. Diferentes atletas de vários clubes sustentam que os clubes que utilizam o gramado artificial conseguem ter vantagem sobre os rivais, que não estão acostumados com esse tipo de piso. Já aqueles que usam o gramado sintético dizem que não faz tanta diferença assim.
A polêmica continua e a opinião de Oliveira coloca mais lenha na fogueira.
