O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) soltou de vez a mão da vereadora cassada Edna Sampaio, sua correligionária no PT, e saiu em defesa da ex-chefe de gabinete dela, Laura Abreu, que foi demitida quando estava grávida. Lúdio se posicionou sobre o assunto no primeiro bloco do debate entre candidatos a prefeito de Cuiabá realizado pela TV Vila Real, na manhã desta terça-feira, 3 de setembro.
“A vereadora responde pelos atos dela, responde a um processo na Câmara... ela acionou a justiça pra se defender. A minha posição pessoal é de defesa da servidora que foi demitida, de forma desnecessária”, respondeu ao ser questionado pela jornalista Brenda Closs.
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A demissão de Laura Abreu foi um enorme desgaste no mandato da vereadora, que foi eleita com o discurso de protagonismo de mulheres negras. Isso porque a servidora, além de mulher e gestante, também é negra.
Após a exoneração, veio à tona a revelação de que Edna se apropriava indevidamente da verba indenizatória da servidora. O vazamento de prints de conversas nas quais Laura era cobrada a devolver os valores resultou na abertura de um processo disciplinar ético contra a parlamentar.
Edna foi cassada por quebra de decoro, mas conseguiu retornar ao cargo porque a Câmara Municipal de Cuiabá não seguiu o rito conforme determina a legislação. Porém, os vereadores abriram um novo processo contra a petista, com o mesmo objeto, o que resultou em sua segunda cassação.
Edna tenta reaver o cargo mais uma vez na Justiça, alegando não ter tido direito à defesa e violação de outros ritos determinados na legislação. Até o momento, ela não obteve decisão favorável, mas segue disputando a eleição, na tentativa de conquistar mais um mandato de vereadora.
Se a Justiça acolher seu pedido, a vereadora se torna ficha limpa. Já no caso de a cassação ser chancelada pela Justiça, Edna pode ter seus votos anulados e impactar no resultado final da eleição, reduzindo a marca da federação Brasil de Esperança, composta pelos partidos PCdoB, PT e PV.