O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), por maioria, manteve a candidatura a vereador de Nicássio do Juca (MDB) indeferida. O candidato, que é irmão do deputado estadual Juca do Guaraná (MDB), tentava reverter o indeferimento de sua candidatura. O julgamento foi realizado nesta quinta-feira, 3.
O caso foi relatado pelo juiz Luís Otávio Pereira Marques, que foi acompanhado pelas desembargadoras Maria Aparecida Ribeiro, Serly Marcondes Alves, e pelos juízes Ciro José de Andrade Arapiraca (federal), Edson Dias Reis (estadual) e Eustáquio Inácio de Noronha Neto (convocado).
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Já o juiz convocado Pérsio Oliveira Landim se manifestou por acatar o recurso.
Nicássio teve a candidatura indeferida pelo juízo da 39ª Zona Eleitoral por não ter enviado a Certidão Negativa na inscrição da candidatura. Nicássio está inelegível até 2026 por ter sido condenado por tentativa de assassinato no começo dos anos 2000.
Crime
Na eleição de 2000, Nicásio do Juca disputou a eleição para vereador pelo PT e ficou na 3ª suplência, na chapa que elegeu as ex-vereadoras Vera Araújo e Enelinda, ficando Sivaldo Campos e Domingos Sávio na 1ª e 2ª suplência, respectivamente. Após a eleição, Sivaldo foi alvo de um atentado e foi baleado.
Na época, a Polícia Civil apontou envolvimento de Nicássio no crime. O plano dele era assumir o mandato na Câmara de Cuiabá.
Em 2002, Vera Araújo foi eleita deputada estadual. Sivaldo, mesmo com sequelas, assumiu o mandato por alguns dias, mas diante das dificuldades por conta da saúde renunciou ao mandato. O 2º suplente Domingos Sàvio foi alçado a titular do cargo.
Nicássio foi condenado pelo crime e cumpriu 4 anos de prisão. Ao deixar a cadeia, ele passou a trabalhar nas empresas da família e nos bastidores das campanhas do seu irmão, Juca do Guaraná.