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Economia Sábado, 11 de Novembro de 2023, 07:30 - A | A

Sábado, 11 de Novembro de 2023, 07h:30 - A | A

COMÉRCIO BILATERAL

ZPE de Cáceres deve se tornar canal de ligação entre MT e a China

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Perto de finalmente entrar em operação após décadas de espera, a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres deve se tornar um canal de ligação entre Mato Grosso e seu principal parceiro comercial, a China. Ao menos esse têm sido o tom das conversas da comitiva mato-grossense que esteve visitando o gigante asiático na última semana, sob a liderança do governador Mauro Mendes (União).

A comitiva visitou ao menos duas províncias que já têm experiências com zonas de livre comércio, entre elas a província de Hainan, onde está localizada a maior zona franca da China. Por lá, os empresários e os membros do governo mato-grossense aproveitaram para trocar experiências sobre a operação da zona de livre comércio.

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“Fomos recepcionados na prefeitura de Hainan, capital da província e temos o objetivo de conhecemos a maior zona de livre comércio da China. Como a nossa ZPE de Cáceres já em fase de conclusão, trocar experiências sobre esse modelo de operação será muito proveitoso para o nosso estado”, afirmou Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt.

Rangel destacou que o fortalecimento da relação comercial entre Mato Grosso e a província de Haikou é muito estratégico, principalmente devido ao modelo econômico da província, que aposta nas zonas de livre comércio de exportação como forma de impulsionar a integração do país com a economia mundial.

Já na província de Shaanxi, o vice-governador local indicou o objetivo de criar um canal de negócios entre a Zona Franca do estado chinês e a ZPE de Cáceres, ampliando o potencial de comércio bilateral. Durante a passagem por Shaanxi, o governo do Estado assinou termos de colaboração, intenções e aproximação no comércio exterior.

“É uma província muito semelhante ao Mato Grosso, fica no centro do país e hoje estão desenvolvendo uma área de Porto Seco. Foi colocado que também temos esse mesmo projeto com a ZPE de Cáceres que é um modelo muito semelhante. Já indiquei ao governo do nosso estado a necessidade de celeridade nessa obra”, explicou o deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos), ao lembrar que ainda é preciso acelerar a efetivação dos módulos da ZPE de Cáceres.

Enquanto a comitiva mato-grossense trabalha na construção de parcerias do outro lado do mundo, o trabalho continua em Mato Grosso para avançar no processo de implantação e alfandegamento da ZPE. Durante a semana, o governador em exercício, Otaviano Pivetta, e o presidente em exercício da Fiemt, Heloizo Motta, se reuniram para debater essas questões e buscar soluções para acelerar a implantação da ZPE.

Ao menos quatro empresas já estão confirmadas para se instalar no local e outros três grupos negociam para fazer parte da ZPE. A informação é do presidente da Administradora da Zona de Processamento de Exportação de Cáceres (Azpec), Adilson Reis.

“Já temos quatro empresas confirmadas na ZPE, inclusive formalizadas junto ao Conselho Nacional de ZPE. Estamos ainda nas tratativas com pelo menos mais três grandes grupos. Com o aceite da administradora e formalização das empresas junto ao Conselho, autorizamos o início das obras estruturais”, explicou.

SOBRE A ZPE

O Governo de Mato Grosso está construindo a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), com investimento estimado em R$ 16 milhões. A obra é realizada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

As ZPEs são distritos industriais incentivados, destinados a sediar empresas orientadas para o mercado externo. As empresas que se instalarem na ZPE têm acesso a tratamento tributário, cambial e administrativo especiais.

A Zona de Processamento de Cáceres é a terceira do Brasil e terá uma área de aproximadamente 240 hectares, e o projeto está dividido em cinco módulos, que são os lugares onde as empresas vão se instalar, mais a área administrativa. Para entrar em funcionamento, também é necessário a regularização do alfandegamento pela Receita Federal.

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