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Economia Sexta-feira, 17 de Março de 2023, 07:20 - A | A

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FECHANDO AS CONTAS

Número de inadimplentes em Cuiabá é o menor da "história", aponta Fecomércio

Levantamentos apontam que número de famílias com contas atrasadas diminuiu na capital, mas aumentou no interior de Mato Grosso

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

O número de famílias inadimplentes, isto é, que possuem contas atrasadas, apresentou queda em Cuiabá, ao mesmo passo em que houve aumento em todo o estado. É o que apontam os dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

O levantamento que mostra queda da inadimplência em Cuiabá é da CNC e foi analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT). O estudo mostra que houve uma redução das famílias endividadas, de 28,1% para 26,4%, na passagem de janeiro para fevereiro. Quando comparado com fevereiro de 2022, a queda é ainda maior: 5,8 pontos percentuais.

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Ainda segundo o IPF, a inadimplência registrada em fevereiro é a mais baixa da série histórica.

Já o percentual de famílias cuiabanas endividadas, ou seja, aquelas que possuem dívidas que ainda não venceram, é de 82%, registrando um aumento de 3,1 pontos percentuais entre janeiro e fevereiro. Quando comparado com fevereiro do ano de 2022, o aumento de endividados é de 14,8%, pois, naquele mês, 71,4% das famílias estavam endividadas.

O presidente da Fecomércio e vice-presidente da CNC, José Wenceslau de Souza Júnior, avalia que os dados mostram que a economia de Mato Grosso e da capital está aquecida e que o alto endividamento não é visto como um fator negativo, pois, pelo menos na capital, as famílias tem conseguido reduzir a inadimplência.

“Apesar de o endividamento ser um fator de observação, a população do estado se mostra positiva na aquisição de crédito e positiva para o pagamento, com apenas 1,59% das operações de crédito indicando inadimplência, conforme dados do próprio Banco Central”, afirma o presidente da Fecomércio.

Ainda segundo o levantamento da CNC, as famílias que possuem renda acima de 10 salários-mínimos são as mais endividadas, enquanto as que ganha menos de 10 salários-mínimos têm mais dificuldade para pagar as contas. A maior parte das dívidas, em 79,2% dos casos, é com o cartão de crédito. Já o carnê ocupa a segunda posição, com 34,3%.

INADIMPLÊNCIA NO INTERIOR

Já os dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), analisados pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL Cuiabá, mostram que o número de inadimplentes, quando se considera toda a população de Mato Grosso, apresentou alta de 1,53% entre janeiro e fevereiro. Por outro lado, na região Centro-Oeste, houve queda de 1,31% no número de inadimplentes.

Quando comparado com o mês de fevereiro de 2022, o número de devedores em Mato Grosso apresentou alta de 4,04%. Essa variação é menor que a média nacional, que registrou aumento de 7,5%. No estado, os homens são os que mais estão endividados, representando 53,9% do total, contra 46,11% de mulheres. A maioria dos endividados, 40%, tem entre 40 e 64 anos.

O SPC Brasil estima que, em fevereiro de 2023, havia 65,45 milhões de consumidores pessoas físicas negativadas no Brasil, o que representa 40,28% da população adulta do país. Já em Mato Grosso, o número fica próximo a 1,140 milhão.

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