Profissionais que atuam em lavouras iniciaram esta semana um treinamento para o acompanhamento das doenças que atingem a plantação. O objetivo é que os participantes possam auxiliar a equipe técnica nos estudos e tomadas de decisões que minimizem os danos. O curso é realizado pela Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) e pelo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt) em várias regiões do estado.
Cerca de 800 monitores receberão o treinamento, além de um material de apoio com um boletim de pragas e doenças, inimigos naturais, manejo da cultura e melhoramento do algodão.
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O treinamento é gratuito e realizado pelos pesquisadores do IMAmt: Rafael Galbieri, Edson Junior, Jacob Neto e Guilherme Rolim. A capacitação tem temas como o monitoramento de doenças e nematoides na cultura do algodoeiro, identificação, controle e resistência de plantas daninhas. O monitoramento e manejo integrado de pragas, bem como a identificação de inimigos naturais do algodão também fazem parte do conteúdo programático.
Renato Tachinardi, assessor técnico do IMAmt, explica que esta safra prevê um total de 1 milhão de hectares de algodão, sendo assim, seriam necessários de 700 a mil monitores. Ele pontua que existe uma rotatividade normal da equipe e, por isso, o treinamento inicial é importante para levar o que ocorre nas lavouras e atualizar os colaboradores das fazendas.
“Durante o curso, os monitores recebem instrução sobre pragas e doenças, comportamento e sintomas que as plantas apresentam, fazem avaliação, e repassam informações para as equipes técnicas, responsáveis por apresentar soluções para o controle de pragas”, explica Renato.
Esta é a 16ª edição da capacitação, que teve início em 2007. O assessor explica que, antes, o curso era realizado também para estudantes de agronomia ou técnicos agrícolas. Porém, devido à pandemia, a capacitação ocorre somente para os monitores que já estão nas fazendas.
O diretor executivo do IMAmt, Álvaro Salles, destaca a importância do treinamento para ajudar na evolução dos estudos. Isto porque também é feita análises da resistência dos insetos e da eficiência dos produtos utilizados no controle das pragas.
“Além de monitorar, medir níveis, presença de inimigos naturais para direcionar o produto correto, tem tecnologia de aplicação e outras técnicas importantes. Isso garante maior produtividade com menor custo, tanto para o produtor, quanto para o meio ambiente. Quando se fala em eficiência, se fala de maneira global”, explicou.
O curso iniciou nesta quarta-feira (23), em Rondonópolis, e passará ainda por Primavera do Leste e Campos Verde. Já na semana após o carnaval, a segunda etapa do treinamento ocorrerá entre os dias 8 e 11 de março, nas cidades de Lucas do Rio Verde, Sorriso, Campo Novo do Parecis e Sapezal, respectivamente.