A intenção de consumo das famílias cuiabanas cresceu de forma expressiva em outubro, com o índice alcançando 117,3 pontos, um aumento de 2,53% em relação ao mês anterior. Segundo o levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), analisado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o índice também registra um crescimento acumulado de 14,43% em comparação com o mesmo período do ano passado, quando estava em 102,5 pontos.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, ressaltou a evolução positiva do índice como um indicativo de confiança e otimismo entre os consumidores cuiabanos. Ele aponta que isso pode beneficiar os comerciantes com uma melhora nas vendas durante o final de ano.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
“O mês de outubro se destacou por não haver nenhum subíndice negativo, indicando uma melhora significativa na intenção de consumo das famílias, o que pode beneficiar as vendas no final de ano,” explicou.
O crescimento no consumo das famílias foi impulsionado por subíndices importantes, como o de Compra a prazo (6,6%), Nível de Consumo Atual (3,9%) e Perspectiva Profissional (2,2%). Segundo a Fecomércio-MT, essa trajetória de alta também é influenciada por uma percepção mais positiva sobre o Emprego Atual, que registrou aumento de 1,9%, e pelo Momento para Bens Duráveis (1,3%).
O levantamento também destacou uma percepção favorável sobre a Renda Atual, com 59,3% das famílias cuiabanas avaliando sua renda como melhor do que no ano passado, enquanto 24% consideram estar no mesmo patamar. Apenas 16,7% dos entrevistados avaliam sua renda como “pior” em relação ao ano anterior. Wenceslau Júnior observou que o comportamento positivo em Cuiabá contrasta com a média nacional, que mostrou desaceleração.
“A capital mato-grossense obteve uma melhora expressiva, enquanto a média nacional vem oscilando próximo da margem de insatisfação. Com a perspectiva de novas elevações da Selic, a tendência é de diminuição no ritmo de crescimento no estado até o fim do ano para o setor”, avaliou Wenceslau.
CENÁRIO NACIONAL
Em nível nacional, o índice de intenção de consumo teve queda de 0,6% em outubro, reduzindo o patamar para 103,2 pontos, segundo a CNC. Com a taxa Selic elevada e restrições de crédito, os consumidores brasileiros mostram-se cautelosos, especialmente as famílias de maior renda.
"As famílias com maior renda estão mais cautelosas, especialmente em relação ao crédito para bens duráveis. Com a perspectiva de novas elevações da Selic, a tendência é uma retração ainda mais acentuada nesse setor", avalia economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial sobre a pesquisa.
Na passagem de setembro para outubro, houve piora em seis dos sete componentes do ICF: emprego atual, queda de 1,1%, para 126,9; renda atual, -0,6%, aos 125,6 pontos; nível de consumo atual, -1,2%, para 89,8 pontos; perspectiva profissional, 0,0%, aos 113,5 pontos; perspectiva de consumo, -0,6%, para 104,8 pontos; acesso ao crédito, -0,9%, para 93,9 pontos; e momento para aquisição de bens de consumo duráveis, -1,8%, para 68,0 pontos.