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Economia Quinta-feira, 13 de Julho de 2023, 18:29 - A | A

Quinta-feira, 13 de Julho de 2023, 18h:29 - A | A

ALÍVIO AOS MOTORISTAS

Governo recua de aumento no preço do GNV nos postos de Cuiabá

Estava previsto um aumento de 92 centavos para o consumidor, o que poderia inviabilizar o uso do gás natural veicular

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Não haverá aumento no preço do Gás Natural Veicular (GNV) em Cuiabá. A decisão foi tomada em uma reunião realizada na tarde desta quinta-feira, 13 de julho, na Casa Civil do Governo do Estado, entre representantes dos postos de combustíveis, deputados estaduais e membros do governo. Até então, estava previsto um aumento de 92 centavos para o consumidor, o que poderia inviabilizar o uso do gás natural veicular.

A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (Ager-MT) propôs o aumento, sob o argumento de que era necessário para recomposição do equilíbrio financeiro do contrato firmado com a Bolívia para compra de gás natural.

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“Chegamos aqui a um acordo com a autorização do nosso governador Mauro Mendes, e quero informar a toda a sociedade cuiabana e mato-grossense que não haverá aumento no preço de gás natural nos postos de combustíveis”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União), em vídeo divulgado pelo deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos).

Presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Turismo da Assembleia Legislativa, Diego Guimarães capitaneou um movimento para impedir o aumento do preço do GNV, debatendo uma série de propostas com cada elo da cadeia de distribuição do gás. O acordo prevê que cada um deverá arcar com uma parte do aumento, por meio da redução de suas margens, para evitar um prejuízo ainda maior.

“Chamamos todos para o diálogo e falamos: ‘o consumidor vai ser prejudicado, mas vocês também vão ser, porque se houver aumento, vai desmobilizar toda a cadeia, o consumo de 1 milhão e 100 mil cúbicos pode zerar e todo investimento que o empresário fez, que o governo fez, que o trabalho que a Ager exige, vai deixar de ter necessidade, porque não vai ter consumidor’”, afirmou Diego, horas antes da reunião na Casa Civil.

O diretor-executivo do Sindipetróleo, Nelson Soares Jr., explica que o GNV compete diretamente com o etanol na preferência dos motoristas, que buscam o combustível mais barato para reduzir seus gastos no trabalho. Em entrevista ao Estadão Mato Grosso, Nelson afirmou que o preço do gás já está pareado com o do etanol e qualquer aumento poderia fazer os motoristas ‘virarem a chave’, optando pelo etanol.

“Nos preços que estão hoje, não tem como você repassar nada no preço do gás. Se você aumentar o gás, ele vai passar o preço do etanol e aí ele vai ficar perdendo competitividade. [...] O consumidor vai acabar mudando a chave pro etanol e você não vende mais gás”, disse.

Diego Guimarães explicou que o governo tem mantido o preço do gás natural subsidiado desde 2021, sem reajustes, e por isso surgiu a necessidade de rever os preços. O objetivo era elevar o preço do metro cúbico do gás de R$ 1,52 para R$ 2,41 para a distribuidora.

Para ajudar a manter os preços baixos, o setor pretende trabalhar no aumento da demanda, para ajudar a diluir os custos.

 

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