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Economia Quarta-feira, 13 de Setembro de 2023, 23:01 - A | A

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VIVENDO NO CRÉDITO

Endividamento atinge o pico e já afeta 87,2% dos cuiabanos

Em contrapartida, a pesquisa revela uma queda de 1,7 ponto percentual no índice de inadimplentes

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O nível de endividamento em Cuiabá alcançou seu pico no ano, atingindo 87,2% em agosto, um aumento de 1 ponto percentual em relação ao mês anterior, de acordo com levantamento realizado pela Confederação Nacional de Comerciários de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisado pelo Instituto de Pesquisa da Fecomércio (IPF-MT). Comparado a agosto do ano anterior, esse indicador registra um aumento significativo de 12,8 pontos percentuais, quando estava em 74,4%.

Em contrapartida, a pesquisa revela uma queda de 1,7 ponto percentual no índice de inadimplentes na capital do estado, totalizando 25,1% das famílias cuiabanas. Esse número também é 3,5 pontos percentuais menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, quando atingia 28,6%.

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Enquanto isso, o percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas permaneceu estável em 6% em julho e agosto deste ano, com uma diminuição de 1,2 ponto percentual em relação a agosto de 2022.

O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, enfatizou a boa administração financeira das famílias da capital.

“O aumento do endividamento, junto à diminuição do nível de inadimplência das famílias cuiabanas é um fator positivo para a saúde financeira familiar, o que mostra a capacidade de quitar suas dívidas, ao passo que continuam consumindo a prazo”, avaliou.

Wenceslau Júnior também enfatizou que a diminuição no número de famílias com dívidas em atraso é um fator crucial para recuperar a capacidade de adquirir novos créditos, colocando-as de volta no cenário de consumo do qual estavam excluídas. Com isso, há um novo impulso à atividade econômica na capital.

Todavia, Wenceslau recomendou cautela no uso do crédito, para não se tornar inadimplência.

“Usar o crédito para as compras, deve ocorrer como uma ferramenta que o potencializa, com precaução para não se tornar inadimplência, assim geram-se maiores movimentações econômicas e oportunidade consumo para as famílias”.

A pesquisa também revelou que a média de dias de atraso em agosto foi de 47, um dia a mais do que o observado no mês anterior. Das famílias inadimplentes, 26,2% têm dívidas com mais de 1 ano de comprometimento, uma redução de 2,6 pontos percentuais em relação ao mês anterior, enquanto 26,9% têm dívidas com prazos entre 6 meses e 1 ano.

No cenário nacional, cerca de 77,4% das famílias brasileiras estão endividadas, uma queda de 0,7 ponto percentual em relação a julho. Dentre esse percentual, 32,3% estão pouco endividadas, 27,7% estão moderadamente endividadas e 17,5% estão muito endividadas. Quanto às famílias com contas em atraso, houve um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior, totalizando 30% desse montante.

 

*Com assessoria

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