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Economia Quarta-feira, 12 de Junho de 2024, 10:40 - A | A

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FAMÍLIA & NEGÓCIOS

E-commerce ajuda mãe a conciliar empreendedorismo com os cuidados das filhas

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

O novo jeito de “ir às compras” ganhou o coração de todos pelo conforto de comprar sem precisar ir à loja e receber o produto em casa. Além da comodidade para os compradores, o novo método de vendas também ajuda mães empreendedoras que precisam conciliar a carrearia de empresária com a educação dos filhos. Como no caso da empresária do ramo das flores Mayara Santos, que é mãe de duas meninas.

Ao Estadão Mato Grosso, Mayara conta que é proprietária da Bela Flor Floricultura, hoje com quatro unidades em Cuiabá, e concilia a administração da empresa com os cuidados das filhas Aymme, de 8 anos, e da mais nova, Pérola, de 2. A empresária, que está no ramo das flores há 14 anos, sendo proprietária há 6 anos, revela que o e-commerce a ajudou a manter o negócio e ficar mais próxima das filhas.

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“Tem determinados dias que eu opto por não estar na loja, por exemplo, quando minha filha está meio doentinha ou um pouco mais dengosa, aí eu opto por trabalhar dentro de casa. Levo meu computador, celular e vou fazendo os atendimentos e resolvendo tudo por ali mesmo, sem precisar ir à loja para fazer vendas presenciais”, contou.

A filha mais nova da Mayara ainda mama e a loja online facilita a nutrição e o vínculo com a filha. Ela aproveita da oportunidade de conseguir atender o cliente da loja ou de casa para manter a amamentação da filha, o que em outros serviços não seria possível.

“Minha filha mais nova tem 2 anos e seis meses e ainda mama no peito, embora não precise mais, mas ainda não encerrei a amamentação com ela, então uma hora ou outra eu estou respondendo um cliente e estou seguindo com a amamentação e o e-commerce facilitou o processo”, relatou.

Além de se beneficiar com as vendas online, Mayara também permite que suas colaboradoras levem seus filhos quando surgem imprevistos. Hoje a empresa Bela Flor Floricultura é composta 80% de mulheres e, destas, cerca de 70% são mães.

“Vira e volta acontece alguns imprevistos, às vezes a creche não pode ficar, às vezes a criança está um pouco enjoadinha e quer ficar sob os cuidados da mãe, então, para a colaboradora não faltar, eu acabo liberando [levar criança para a loja], porque eu também sou mãe e entendo as necessidades como mãe. O filho é a prioridade”, contou.

Assim como Mayara, dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), de 2022, revelam que das 10,1 milhões de mulheres empresárias que estão tocando um negócio no Brasil, 52% são mães. Os dados mostram que durante a pandemia houve um aumento de 34% da participação das mulheres no empreendedorismo.

Apesar de ser muito prático para as empreendedoras mamães, Mayara só entrou no mundo das vendas virtuais após a chegada da pandemia de Covid-19. Ela explicou que durante o período não recebia ninguém na loja e chegou a demitir funcionários para conseguir se manter.

“As vendas acontecem hoje, assim 80% das nossas vendas são online. Clientes que vêm do Instagram, clientes que nos chamam direto no WhatsApp e clientes do nosso site. Mesmo em um ponto bem localizado e tudo mais, a loja virtual é o que nos mantém”, contou.

Assim como a empresária, outros comércios e empreendimentos tiveram que se adaptar ao novo tipo de venda durante a pandemia de covid-19. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), entre 2019 e 2022, o comércio eletrônico brasileiro movimentou cerca de R$ 450 bilhões.

Os dados do MDIC revelam que o valor arrecadado durante a pandemia foi mais que o dobro do acumulado das receitas entre 2016 e 2019, que totalizou R$ 178,06 bilhões.

Mesmo antes da loja virtual, Mayara sempre levou as filhas para a loja, apesar de ter uma ótima rede de apoio com quem possa deixar as meninas quando for necessário, a empreendedora conta que partilha o dia-a-dia da loja com as filhas.

“Minhas filhas sempre vieram comigo para a loja e a gente acaba intercalando em cuidado com as meninas, o atendimento aos clientes e em responder os clientes online. Por ser mãe e empreendedora eu acabo sempre partilhando meu dia-a-dia de trabalho com as minhas filhas”, disse.

Álbum de fotos

Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

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Gilberto Leite | Estadão Mato Grosso

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Arquivo pessoal

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