O mês de novembro trouxe um leve recuo de 0,1% no nível de endividamento entre os cuiabanos em comparação com outubro, com 9 em cada 10 famílias apresentando alguma dívida. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), conduzida pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisada pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT).
O levantamento apontou que 89,5% das famílias na capital têm alguma forma de dívida. Por outro lado, o estudo também revela a quarta redução consecutiva no número de famílias com contas em atraso, caindo de 22,3% para 21,8%.
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De acordo com o IPF-MT, o número de famílias com alguma forma de dívida em Cuiabá aumentou em 21,3% em relação ao mesmo período de 2022, chegando a 183,6 mil em comparação com novembro do ano anterior. A variação anual também apresentou uma queda significativa de -24,1% no número de famílias com contas em atraso.
O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, vê com otimismo os dados da pesquisa, já que apontam que as famílias têm condições de quitar suas dívidas.
“O aumento no endividamento e queda na inadimplência é considerado positivo, pois mostra um número maior de famílias com alguma conta a prazo, ao passo que há uma diminuição das que estavam com as dívidas atrasadas, ou seja, o consumo a prazo se mostrou em crescimento ao mesmo tempo em que as pessoas puderam arcar com suas dívidas em maior grau”, avaliou.
Segundo Wenceslau, esses resultados são especialmente importantes no período de final de ano, pois indicam que há mais capacidade de consumir neste período.
“A chegada do período de festividades, menos famílias estarem no campo dos inadimplentes é muito positivo para que estas possam estar entre os consumidores, além disso, estas podem estar mais organizadas financeiramente para os próximos meses”.
No que diz respeito à renda mensal, 13,6% das famílias comprometem até 10% da renda com dívidas, enquanto 76,2% afirmam ter dívidas que variam entre 11% e 50% da renda. Entre os inadimplentes, 48,7% planejam pagar parcialmente as contas em atraso, e 25,8% acreditam que conseguirão pagar totalmente.
O cartão de crédito continua sendo a principal forma de dívida, citado por 81,9% dos entrevistados. Na sequência, estão os carnês, com 22,5%, que tiveram um aumento de quase 1 ponto percentual em relação ao mês anterior, e o crédito consignado, com 4,5%. Outros tipos de dívidas variam entre 0,5% e 4,3%, este último relacionado ao financiamento de imóveis.
DADOS NACIONAIS
No cenário nacional, a pesquisa revela que 76,6% das famílias brasileiras estão endividadas, uma queda de 0,3 ponto percentual em comparação com novembro. Aqueles com contas em atraso também diminuíram, alcançando 29%, o menor patamar desde junho de 2022. O cartão de crédito continua sendo a principal forma de dívida, mencionado por 87,7% dos entrevistados, seguido pelo crédito consignado e financiamento imobiliário, com avanços mensais de 5,4% e 8%, respectivamente.
