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Cidades Sexta-feira, 04 de Junho de 2021, 05:59 - A | A

Sexta-feira, 04 de Junho de 2021, 05h:59 - A | A

OPERAÇÃO SINAL VERMELHO

"Vou provar que essa operação foi um equívoco", diz Antenor

Ex-secretário diz que está sendo acusado de não entregar um sistema que está em pleno funcionamento em Cuiabá

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

Afastado da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), Antenor Figueiredo afirma que a operação policial que o tirou do cargo é baseada em uma interpretação errada do que disse o Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre a compra dos semáforos inteligentes instalados em Cuiabá.

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Em entrevista ao Estadão Mato Grosso, Antenor que o semáforo inteligente utiliza um aplicativo (software) para otimizar os tempos de passagem (sinal verde), melhorando o fluxo do trânsito. Este aplicativo usa os dados enviados pelas câmeras que estão instaladas junto aos semáforos de Cuiabá.

“Esse software eu tinha que realmente comprar, pois o que adianta eu comprar um computador sem programa? Nessa época, sofremos auditoria do Tribunal de Contas, quando nós estávamos implantando o sistema semafórico e estava muito cru ainda. Eles tomaram uma decisão e tomaram uns apontamentos prematuros, que foi no início do caminho. Talvez a hora que eles foram na Semob foi inadequada”, pontuou.

Antenor foi afastado por uma suspeita de fraude na compra do “Software de Gerenciamento Semafórico Spinnaker/EMTRAC”, que custou R$ 553,8 mil. A Polícia Civil afirma que não há comunicação do sistema e, por isso, o software seria desnecessário. Isso porque um relatório do TCE apontou que o controle remoto de priorização do transporte público comprado pela Prefeitura de Cuiabá era inviável, pois a cidade não possui o modal de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

Antenor explica que toda polêmica envolve apenas uma função, dás várias funções do aplicativo. Ela ajusta os semáforos para que o BRT não encontre sinais vermelhos, otimizando o transporte coletivo. Ele admite que essa função específica não foi usada, porque ainda não se decidiu o modal que será usado na cidade, se BRT ou VLT. Contudo, o restante do aplicativo está em uso, regulando o tempo dos semáforos para o trânsito em geral.

“É uma máquina que precisa ser explorada, nós estamos aí operando com 40% dela e houve essa polêmica do Ministério Público falando que o software é para modal BRT. Não é! Ele é só um programa que gerencia o sistema semafórico. É como comprar um Windows e colocar no computador. Se o computador não tiver o programa, ele não vai funcionar. Aí falaram que o software foi adquirido por conta do BRT, mas isso não tem nada a ver”, explicou.

Antenor afirma que o erro no relatório do TCE teria motivado a oposição ao prefeito na Câmara Municipal a fazer uma série de denúncias inverídicas. Ele afirma que, ainda assim, respondeu todos os questionamentos feitos pelo Ministério Público Estadual (MP-MT) quando foi chamado e, por isso, não entende a necessidade de seu afastamento.

“Acho que foi uma decisão equivocada e vou ter a chance de provar que foi um equívoco essa operação. Para o secretário Antenor foi muito ruim, uma pessoa que tem quase 40 anos de vida pública, nunca respondi processo administrativo. De repente, por uma interpretação errada, a polícia vai lá e me suspende. Não houve busca e apreensão, não foram na minha casa. Não houve apreensão de celular nem nada”, desabafou.

Questionado sobre a suspeita de superfaturamento na compra de R$ 15,4 milhões, Antenor afirmou que o Ministério Público do Sergipe atesta que não houve sobrepreço na licitação realizada pela Prefeitura de Aracaju, na qual a Prefeitura de Cuiabá ‘pegou carona’. Segundo ele, a segunda colocada no certame apresentou uma proposta de R$ 25 milhões, sendo que hoje o sistema já é vendido por mais de R$ 30 milhões.

Por fim, Antenor defendeu a compra do sistema de semáforo inteligente, “um equipamento de ponta, que está preparando Cuiabá para o futuro.

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