Uma sequência de buracos vem causando preocupação entre moradores e motoristas que circulam pela região da Avenida Fernando Corrêa da Costa, esquina com a Rua Capitão Iporã, no bairro Pico do Amor, em Cuiabá. O problema, aparentemente ligado a uma falha no sistema de drenagem, se agravou com as chuvas intensas dos últimos dias e voltou a chamar atenção com novos registros feitos por moradores. Em vídeo enviado por um comerciante local que registrou e denunciou ao Estadão Mato Grosso, é possível entender melhor a situação, especialmente durante as chuvas, quando a água se acumula e acaba escoando para uma boca de lobo próxima.
Aparentemente, tudo começou com um buraco na Avenida Fernando Corrêa, que, durante as chuvas, acumula grande volume de água. Esse acúmulo tem provocado infiltrações no solo, alcançando a calçada próxima e comprometendo sua estrutura. No local, um buraco se abriu no canteiro, indicando que a água está forçando o solo de baixo para cima.
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Como consequência dessa infiltração constante, um terceiro buraco se formou e vem crescendo na Rua Capitão Iporã, ameaçando o asfalto e colocando em risco pedestres e motoristas que passam pelo trecho. O local já apresenta sinais de afundamento, e moradores temem que a rua ceda por completo, caso nenhuma medida seja tomada.
A engenheira civil Hanaa Karawi esclarece que o problema está diretamente relacionado à falta de um sistema de drenagem eficiente na região. Segundo ela, a situação é comum em vários pontos da cidade:
“Você pode afirmar que é um problema ocasionado sim pela falta de drenagem ali na via pública. Como em vários outros lugares aqui em Cuiabá, está complicado. Já é um problema a drenagem em si”, explicou.
Hanaa também aponta que, mesmo sem ser possível afirmar com total certeza que o buraco surgiu exclusivamente pela ação da água, os sinais indicam que esse é o principal fator.
“A gente não pode afirmar que esse buraco foi ocasionado só por conta da água, mas pode ser que sim. Ele vai abrindo, abrindo. E através desse buraco está tendo essa infiltração que está fazendo esse deslocamento da calçada, do concreto.”
A engenheira destaca que o solo da região está sendo lentamente removido pela água da chuva, o que alimenta esse processo contínuo de desgaste do solo abaixo da superfície.
“Vai embora o solo, os sedimentos que estão embaixo, com a chuva. E aí ele vai escoando para outra saída, que tem outro buraco. É uma sequência. Vai de um, entope outro... vira uma bola de neve.”
Para Hanaa, o cenário reflete a ausência de um sistema de drenagem adequado ou bem mantido. “A via pública não está limpa ou não está bem feita. Basta uma brechinha para a infiltração começar, e aí tem um buraco. A consequência é essa”, concluiu.
A equipe do Estadão Mato Grosso entrou em contato com a Secretaria de Obras Públicas, e até o final desta matéria não obteve retorno.
Veja vídeos:
