A família do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, morto na última sexta-feira, 1° de julho, pelo vereador Tenente-Coronel Paccola (Republicanos), disse que tudo que vem sendo dito sobre ele não afetou a imagem que a família tem do agente.
"Quem conhece o Alexandre, sabem quem ele foi. Essa falação toda, essas intrigas, tudo que foi falado [de ruim sobre ele] não nos afetou, graças a Deus", disse Luisa Miyagawa, tia do agente.
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Junto com outros membros da família e colegas de trabalho, Luisa participou da manifestação em frente à Câmara de Cuiabá nesta terça-feira, 7, para pedir que Paccola seja julgado e afastado do cargo pelos vereadores. O movimento foi organizado Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso (SINDPSS-MT).
"Sentimos que não estivéssemos aqui, seria uma omissão diante da verdade. Não temos nenhuma energia de raiva, de vingança, não temos. Nós temos Jesus, esses sentimentos não cabem em nossos corações", desabafou Luisa.
Alexandre foi morto durante uma confusão em uma distribuidora de bebidas na noite de sexta-feira, 1º de julho. O caso ainda tem versões conflitantes. O vereador Paccola afirma que agiu em legítima defesa, própria e de terceiros, pois Alexandre estava armado. Já a namorada de Alexandre afirma que não havia qualquer risco e o vereador chegou atirando.
Nesta segunda-feira, 4, imagens de uma câmera de segurança mostraram que Alexandre caminhava em direção contrária a Paccola, que dispara três vezes nas costas do servidor. Alexandre caiu de bruços no chão e se virou em seguida. Nas imagens, não é possível ver se ele segurava uma arma, como alega o vereador Paccola.
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