Três novos empresários foram incluídos na nova atualização da “lista suja” do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Nesta quarta-feira, 9 de abril, a “lista suja” foi atualizada com mais 155 nomes, sendo três de Mato Grosso. Ao todo, a lista já possui 745 nomes entre pessoas físicas e jurídicas. O documento é atualizado a cada semestre.
Dos estreantes de Mato Grosso na lista, na propriedade do empresário Roberto do Santos, em Comodoro, foram resgatadas duas pessoas em situação análoga à escravidão. Já na propriedade dos empresários Eduardo Antônio Barros da Silva, Fazenda Filadélfia em Nova Xavantina, e Vilson Balotin, Sítio Recanto Feliz em Juína, foram resgatados um trabalhador em cada propriedade.
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Dos mato-grossenses incluídos, independente da data, o maior resgate de trabalhadores ocorreu na Fazenda Bom Jesus, em Paranatinga, onde foram identificadas 14 pessoas em condições precárias. O dono da fazenda é registrado como José Inácio Rodrigues Vargas. O empresário possui carta de apoio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), no valor de R$ 3,5 milhões, concedida em 2020. O crédito tem o aval do governo. O empresário também acumula multas ambientais desde 2008.
PERMANÊNCIA NA LISTA
As empresas e empregadores inscritos na lista suja do trabalho escravo permanecem nela por, no mínimo, 2 anos, conforme determinação da Portaria Interministerial Nº 4, de 11 de maio de 2016. Durante o período em que a empresa estiver na lista, a Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) faz o monitoramento dos empregadores e dos locais onde foram registrados os casos de trabalho escravo.
A SIT busca a regularização das empresas com os trabalhadores e, caso a empresa permaneça cometendo o crime, o nome do empregador permanecerá na lista suja por mais dois anos.
SAIBA COMO DENUNCIAR
O Governo Federal possui um canal exclusivo para a população fazer denúncias sobre casos de trabalho escravo. As denúncias são feitas através do Sistema IPÊ que permite com que o denunciante não precise se identificar e toda a denúncia pode ser feita pela internet. Além de receber denúncias análogas à escravidão, o sistema também recebe denúncias de trabalho infantil. Para denunciar ocorrência de trabalho escravo, clique aqui.
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