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Cidades Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 23:03 - A | A

Segunda-feira, 15 de Julho de 2024, 23h:03 - A | A

COMPLETAMENTE DESTRUÍDO

Shopping Popular vira pilha de escombros após incêndio na madrugada

Igor Guilherme

Repórter | Estadão Mato Grosso

Reinaugurado há pouco tempo e passando por obras de expansão, o Shopping Popular foi completamente destruído por um incêndio de grandes proporções que começou na madrugada desta segunda-feira, 15 de julho, e continuou ardendo ao longo de toda a manhã. O fogo consumiu a estrutura, fez o teto desabar e destruiu cerca de 600 lojas, além de restaurantes, bancos e órgãos municipais de prestação de serviço.

Tudo começou por volta das 2h com o primeiro chamado sobre as chamas. Segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Heitor Fernandez da Luz, que atuou durante boa parte do combate ao fogo, um vigilante visualizou o início do fogo em uma das bancas voltadas para a Avenida Carmindo de Campos. Quando a primeira guarnição chegou, o fogo já havia se alastrado.

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O incêndio na madrugada foi amplamente registrado por populares, moradores da região e motoristas de aplicativo, chocando todos os que passavam no momento em que as chamas se ergueram. Ainda segundo Heitor, o fogo chegou a quinze metros de altura. Apesar das imagens assustadoras, felizmente, ninguém se feriu.

Em entrevista à imprensa, o presidente do Shopping Popular, Misael Galvão, disse com pesar que o local, apesar de anos de existência, não tinha seguro contra perdas, o que significa que todo o prejuízo causado pelo fogo não será ressarcido. Misael ainda afirmou que o alvará do Corpo de Bombeiros havia sido renovado este ano.

“Este ano foi novamente renovado o alvará dos bombeiros. A gente não esperava, eu nunca vi algo assim na vida. Não tenho nem palavras. Vamos buscar força, [...] neste momento é buscar apoio de toda a sociedade de modo geral, buscar força em Deus, que nossos associados tenham paciência para recomeçar a vida e recomeçar das cinzas”, disse.

PERDIDOS NAS CINZAS

Alguns comerciantes que perderam tudo com a destruição causada pelo incêndio aceitaram conversar com os jornalistas que estavam no local. O sentimento geral era de luto pela perda incalculável e confusão, pois os comerciantes não sabiam por onde recomeçar.

Uma das histórias afetadas pela tragédia foi da comerciante Cleide Barbosa, que possuía uma banca de roupas há pouco mais de três anos e que também perdeu tudo com o incêndio. Cleide trabalhou na rua antes de conseguir o espaço e contou que, quando viu a fumaça, acreditou que se tratava de um incêndio em um dos restaurantes na parte de cima do shopping, mas quando chegou mais perto, viu o estrago. "Estou arrasada, mas Glória a Deus que estamos com vida para lutar," contou.

O empresário Ariovaldo Mondim, proprietário da Ari Capas, que funcionava há 23 anos no Shopping Popular, contou que ver o incêndio consumindo o shopping foi o mesmo que ver os sonhos virando fumaça.

"Tinha funcionário que tinha acabado de comprar uma moto e tem que pagar, funcionário que passou a morar sozinho e tem que arcar com compromissos. São sonhos pequenos, mas para quem tem, são grandes, e nós estamos vendo esses sonhos subindo nessas fumaças," declarou.

O Shopping Popular tinha 29 anos e possuía uma estrutura que contava com restaurantes, mais de 600 bancas e empregava em torno de três mil pessoas.

A causa do incêndio está sendo investigada e, até o momento, não se sabe para onde os empresários e funcionários irão.

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