Trabalhadores da Eletroconstro, empresa terceirizada responsável pela limpeza urbana de Várzea Grande, realizaram um protesto em frente à sede da empresa, que tem contrato com o Município, na manhã desta segunda-feira, 10 de fevereiro. Eles reivindicam o pagamento de salários, vale-alimentação e vale-transporte, que ainda não foram pagos, além do fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para trabalharem com mais segurança.
Regina Tereza, funcionária há 6 meses da empresa, contou que o atraso no pagamento tem ocorrido todo mês e que os funcionários buscam por respostas, mas nunca conseguem retorno.
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“Então, é questão disso, nós estamos fazendo essa paralisação para reivindicar os nossos direitos, que a gente trabalha, mas não vê resultado do nosso pagamento, só tá vindo atrasado, desconto [...] não tem uniforme para nós, tem funcionário trabalhando com bota furada, calça rasgada”, disse Regina.
Denunciou também, que na última paralisação, várias pessoas foram demitidas por aderirem ao movimento e relatar o que estava acontecendo. Temem que isso ocorra novamente.
“Ainda tem mais uma, o que acontece? Dessa última paralisação que nós fizemos, no mês passado, teve fiscal, teve funcionário, que foi mandado embora porque nós fomos na prefeitura, então várias pessoas foram mandadas embora por questão de denunciar, fazer isso. Eles nos oprimem em questão disso. Como agora nós fizemos de novo, eu creio que vai acabar mandando a gente embora, até os fiscais estão no aviso”, explicou.
Regina disse que estão “pagando para trabalhar” e sente um descaso muito grande com essa classe trabalhadora.
“A gente está ali para trabalhar, a gente trabalha, mas não recebe. Vem atrasado, vem descontando. É um roubo, é um descaso conosco. Varredor, roçadeira, fiscais, motoristas. Então assim, é um descaso muito grande que estão fazendo em cima de nós [...] às vezes está faltando muito funcionário na empresa, que eles não conseguem contratar porque essa empresa está muito mal falada [...] então, nós estamos ali praticamente pagando para trabalhar”.
Segundo a trabalhadora, o vale-alimentação, que deveria ter sido pago no dia 6, ainda não caiu, e novos descontos foram identificados no aplicativo, ela menciona que a empresa forneceu marmitas por quase uma semana e parece estar descontando esse custo dos funcionários.
Há rumores de que o pagamento será feito nesta terça-feira (11), enquanto o vale-alimentação está previsto para o dia 12, porém, desconfia sobre o pagamento dos salários e benefícios, já que em meses anteriores a empresa atrasou e só efetuou os depósitos após paralisações e pressão dos trabalhadores.
“[...] porque no mês passado nós tivemos que bater em cima da prefeitura, fazer paralisação para receber nosso pagamento. Fomos receber lá pelo dia 22, e dia 23 saiu nossa alimentação [...] então fica até difícil isso para nós, trabalhar sem receber. Nós estamos apenas reivindicando os nossos direitos, só isso”, finalizou expressando sua indignação.
Até o momento não foi possível contato com a empresa para esclarecimento sobre o atraso.
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