A Prefeitura de Cuiabá anunciou nesta segunda-feira, 21 de dezembro, que realizou o pagamento de R$ 8,1 milhões aos hospitais filantrópicos. Os repasses estavam atrasados e motivaram à suspensão de atendimento em duas unidades na capital. Ao Hospital Geral e Maternidade (HG) foram pagos R$ 4 milhões. Já ao Hospital de Câncer, a Prefeitura repassou R$ 3 milhões. O Hospital Santa Helena recebeu o montante de R$ 1,1 milhão.
De acordo com a Prefeitura, o pagamento foi possível após o Estado fazer repasse de valores que também estavam em atraso.
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A assessoria de imprensa da Prefeitura, ao anunciar os repasses, destacou que o valor repassado ao Hospital de Câncer é referente ao acordo firmado entre as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde (SMS e SES), presidente do HCan e deputados estaduais, cuja reunião foi realizada na Assembleia Legislativa na última sexta-feira, 17.
Na ocasião, a ALMT se comprometeu a fazer o repasse de R$ 3 milhões à unidade para evitar que ela fechasse as portas. Nesta segunda, entretanto, a Prefeitura afirmou que os recursos do Parlamento estadual só deverão ser transferidos em janeiro por causa dos procedimentos burocráticos. O montante deverá ser encaminhado ao Estado, que transferirá à Prefeitura que, por sua vez, fará o repasse ao HCan.
Ao todo, o Município devia o montante de R$ 6,3 milhões ao HCan. A dívida causou desgastes e troca de acusações. Em defesa de sua gestão, o prefeito Emanuel Pinheiro alegou que o atraso se deu porque a unidade não quis mudar a forma de recebimento do Ministério da Saúde com a chegada da pandemia e, vendo que sua receita caiu ao longo dos meses, decidiu voltar atrás, o que gerou um processo burocrático, causando o atraso.
Já o diretor presidente da unidade, Laudemi Moreira, acusou a Prefeitura de gastar o dinheiro já recebido. Ele chegou a dizer que a informação foi revelada pela própria secretária de Saúde, Ozenira Félix, em reunião realizada na SES.
O HCan explicou que a suspensão do atendimento a novos pacientes se deu porque a unidade já não tinha sequer morfina e luvas, insumos básicos para seu funcionamento. O HG também havia notificado a imprensa sobre a falta de recursos básicos para manter seu funcionamento.