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Cidades Terça-feira, 11 de Junho de 2024, 19:32 - A | A

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DENÚNCIA

Padres relatam intolerância religiosa ao serem barrados de entrar na UTI da Santa Casa

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Padres de Cuiabá denunciam que vêm sofrendo intolerância religiosa no Hosítal Estadual Santa Casa de Cuiabá, na capital. Eles contaram ao Estadão Mato Grosso, nesta segunda-feira, 10, que estão sendo barrados de entrarem e dar a unção aos enfermos e também de realizar cerimônias religiosas. Em relatos, um dos padres contou que foi impedido de visitar um paciente que acabou morrendo sem receber a unção. Eles relatam que não é a primeira vez que são barrados na Santa Casa.

"Ja teve vez que levou até três dias para eu conseguir dar unção aos enfermos. Na última vez, eu fui lá às 15h no sábado não me deixaram entrar e falaram para eu voltar às 17h, eu não tinha condições de voltar [...] no domingo nenhum padre conseguiu ir e no fim das contas o paciente morreu. Para quem não crê e não tem fé, parece que é irrelevante, mas para nós isso foi gravíssimo", disse.

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Outro episódio que eles denunciam como intolerância religiosa foi quando tentaram batizar uma criança que estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI neonatal) na Santa Casa. Nesta ocasião, o padre e a mãe da criança estavam no quarto para realizar um batismo, porém após a criança ser extubada os dois foram expulsos do quarto e a cerimônia impedida de ser realizada naquele dia.

"A enfermeira em primeiro lugar, a enfermeira puxou a mãe para fora da UTI e me olhou estranho e aí na sequência ela voltou para dentro da UTI e me tirou. Nisso ela [enfermeira] disse que eu não poderia estar ali, que não era o horário da visita religiosa", relatou o padre.

Além desta vez, outros padres relataram que já denunciaram ao secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, sobre os impedimentos de entra na Santa Casa, mas nada foi resolvido. Apesar de não terem problemas com a direção do hospital, eles alegam continuar sendo barrados por enfermeiros e médicos.

Os religiosos ainda afirmam que em outros hospitais da capital não há dificuldades em fazer as visitas religiosas.

À reportagem, a assessoria de imprensa da SES afirmou que a mãe da criança e o padre foram retirados da sala para que a equipe realizasse um procedimento de emergência, mas que após a finalização do procedimento a cerimônia religiosa foi realizada. 

 VEJA NOTA NA ÍNTEGRA

A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) esclarece que não procede a denúncia de intolerância religiosa contra o Hospital Estadual Santa Casa. No momento da chegada do padre, os profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) estavam realizando um procedimento de emergência, o que impedia momentaneamente a presença de visita no local. 

A situação foi imediatamente resolvida pois, após o procedimento de emergência, o padre adentrou à UTI e cumpriu a missão religiosa.

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