Motoristas de aplicativo de todo o país prometem 24 horas de paralisação a partir da próxima segunda-feira, 15 de maio. A classe reivindica reajuste nos valores das corridas e melhorias no percentual de repasse de cada viagem. Em Cuiabá, os profissionais vão se concentrar na Praça das Bandeiras, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Av. do CPA), a partir das 9h e sairão em carreata em seguida.
A Uber, a mais popular entre as empresas de aplicativo, é apontada por ficar com até 60% do valor da corrida, segundo áudios compartilhados por motoristas nas redes sociais.
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Em uma imagem de convocação encaminhada à reportagem, os motoristas pedem a opção de escolher o tipo de viagem, no caso da Uber: confort, black, direct e flash.
Outro pedido é para que o motorista tenha a opção de cadastrar uma nota de avaliação mínima dos usuários.
A paralisação atende a uma convocação da Federação dos Motoristas de Aplicativo do Brasil (Fembrapp). Segundo a organização, os valores estão congelados para o motorista desde 2016, mesmo sofrendo aumento para os passageiros.
À imprensa, o diretor da Fembrapp, Eduardo Lima de Souza, afirmou que as empresas chegaram a conceder um reajuste de centavos em 2019, o que não contribuiu para o rendimento dos motoristas.
Nos últimos anos, houve inflação, aumento dos combustíveis, aumento do aluguel e financiamento dos veículos, o que faz com que o lucro dos motoristas esteja cada vez menor.
Para mostrar a falta de atualização, Eduardo Lima explicou que uma corrida da Uber que custava R$ 10 para o passageiro em 2016, concedia o valor de R$ 7,50 para o motorista. Hoje, sete anos depois, essa mesma corrida custa para o cliente o valor de R$ 14, mas menos de R$ 7 é repassada ao trabalhador.
ROTA
Em Cuiabá, os manifestantes sairão da Praça das Bandeiras, passando pelo Palácio Paiaguás (sede do Governo do Estado), seguindo pela região da Grande CPA e tendo como destino final a Galeria Itália Center, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, ao lado do shopping Três Américas.
OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Uber, mas até o fechamento da matéria, não houve retorno.
Já o contato com as empresas 99 Pop e In Drive foi feito via redes sociais, mas também não houve sinalização ou fornecimento do contato das respectivas assessorias de imprensa.
O espaço segue aberto.
