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Cidades Quinta-feira, 07 de Setembro de 2023, 16:46 - A | A

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MEDIDA SANITÁRIA

Indea abate as 320 aves resgatadas pela PRF na semana passada

Pássaros não apresentavam sintomas de gripe aviária

Luciana Cury | Indea

Fiscais do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) realizaram a destruição sanitária de 320 aves silvestres, da espécie ‘canário venezuelano’, que haviam sido aprendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na BR-163, no município de Sorriso.

Conforme o boletim de ocorrência, policiais da PRF interceptaram um veículo que vinha no sentido sul do estado. O motorista assumiu a propriedade dos animais e informou que estaria levando-os de Boa Vista (RR) para São Paulo (SP), sem revelar os dados do destinatário. Os animais não tinham qualquer comprovação de origem e estavam em condições de transporte insalubres, tendo sido encontrado, inclusive uma ave morta.

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A medida de sacrificar as aves foi necessária porque a entrada de aves sem procedência sanitária é um risco à saúde humana e também dos plantéis avícolas de Mato Grosso, principalmente, diante do atual estado de emergência sanitária em que se encontra o país, frente a influenza aviária – doença altamente infecciosa de rápida disseminação e que causa altos prejuízo a saúde humana e a economia.

As 320 aves sacrificadas não integram a fauna brasileira. Há a suspeita de que vieram de outro país, e por isso, internalizações de animais que adentram o Brasil passam por um protocolo sanitário prévio entre nós e o país de origem, com cumprimento de medidas sanitárias na saída e no destino, com permanência em quarentenário, conforme determina o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com rigorosas medidas de biosseguridade no Brasil antes da liberação. E portanto, diante da ausência de documentação, animais providentes de fora do país, sem a devida sanidade que possa dar seguridade as aves do estado, foi necessário, conforme determina a legislação federal, o sacrifício dos animais apreendidos.

O coordenador de Defesa Sanitária Animal do Indea, João Marcelo Néspoli, explica que a principal forma de transmissão da influenza aviária é através do contato de aves silvestres infectadas com aves domésticas. "No caso específico de Sorriso, não havia documentação de procedência, nem se as aves são de áreas de foco da doença, já que desde outubro de 2022 a influenza aviária se disseminou para praticamente todos os países da América do Sul, inclusive o Brasil. Por isso, era inseguro realizar a soltura na natureza".

O município de Sorriso constitui um dos maiores produtores de aves comerciais do estado com expressiva quantidade de granjas comerciais de corte, postura, reprodução, incubatório e abatedouros. A introdução da doença no município traria prejuízos incalculáveis não só a economia do município, mas também do estado e do país.

Mato Grosso está entre os dez estados brasileiros que mais exportam carne de frango. A atividade avícola no estado gera 4 mil empregos e conta com 304 granjas em 31 municípios, e cerca de 55 milhões de aves.

O Indea está continuamente trabalhando para que Mato Grosso continue livre da influenza aviária. Para mitigar o risco de disseminação de doenças infectocontagiosas, e a introdução da influenza aviária no estado as aves apreendidas foram submetidas a eutanásia dentro dos parâmetros de bem estar animal definidos pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) e submetidas a destruição pelos fiscais do Indea.

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