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Cidades Quarta-feira, 11 de Agosto de 2021, 08:00 - A | A

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RECOMEÇO DIFERENTE

Dia do Estudante é celebrado com retorno às salas de aula

Com medidas a serem seguidas e de forma escalonada, os alunos voltaram as escolas no modelo híbrido

Mak Lucia

Repórter | Estadão Mato Grosso

Distanciamento, álcool em gel, máscara e um novo formato de aula. Uma nova realidade se instaurou entre os estudantes e, mais uma vez, o Dia do Estudante será celebrado em meio a novas rotinas. Neste dia 11 de agosto, a reportagem do Estadão Mato Grosso conversou com estudantes, professores e outros membros da comunidade escolar sobre essa nova realidade.

Para que o retorno às aulas acontecesse em Mato Grosso, foi definido que as aulas terão 50% dos alunos nas salas e 50% por ensino remoto, um modelo conhecido como ‘sistema híbrido’. Além disso, as janelas deverão ficar abertas e o distanciamento de 1,5 m por aluno deverá ser respeitado. Estão sendo distribuídas máscaras faciais de tecido e outros itens de higiene e segurança pessoal.

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Em uma das escolas mais tradicionais da capital, o Liceu Cuiabano, já é possível ver na recepção que a rotina é diferente. Os alunos são recebidos por um funcionário que mede sua temperatura e precisam fazer a higiene com álcool em gel. Mas é dentro das salas de aula que ocorre a real mudança.

Vazias por um ano e meio, as salas de aula agora estão só um pouco diferentes. Se antes havia 40 estudantes, agora apenas 20 acompanham a aula presencialmente e o distanciamento é regra. Um desses alunos é Guilherme Nunes Medeiros, do 3º ano, que lamentou o fato de a reabertura das escolas ter demorado tanto.

“Acho a educação uma parte importante da sociedade. Na minha visão, da forma como está, já poderia ter retornado antes. Sinto um pouco de defasagem em relação ao último ano, porém antes tarde do que não ter voltado”, disse o estudante.

Esse poder voltar as aulas, mesmo que por algumas horas por semana, é o suficiente para notar o sorriso no rosto por trás das máscaras. Victor Rhaniel Alves Forte, 19, aluno do 2º ano do ensino médio, conta que o retorno às salas de aula dá novo ânimo para estudar.

“Tá sendo tudo novo, de novo. Alguns colegas de classe eu não conheço, não temos mais o grupinho dos amigos que sentávamos juntos. As carteiras agora estão todas separadas. Cada um em ponto da sala de aula, com álcool em gel em cima das mesas, mas é muito bom estar aqui”, disse.

Dando prioridade para o acolhimento, inclusão e aprendizado, neste momento não será possível realizar eventos em comemoração ao Dia do Estudante. Francisco de Assis, coordenador pedagógico e professor da escola, explica que as comemorações ficarão para outra oportunidade.

“No momento a prioridade é o retorno das aulas, o retorno do aprendizado e do apoio ao estudante. Foram muitos meses fora da sala de aula”, disse.

Para não passar a data em branco a Secretaria de Estado de educação (Seduc-MT) realizará o lançamento de dois programas de alfabetização durante evento presencial às 9h da manhã, no teatro Zulmira Canavarros, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Em reforma, escola segue fechada

Apesar de as aulas terem iniciado na última terça-feira, 3 de agosto, algumas escolas de Mato Grosso não iniciaram suas atividades presenciais. Com mais de um ano e meio de pandemia e aulas presenciais suspensas, algumas escolas não estão preparadas para receber seus alunos.

Algumas escolas de Mato Grosso tiveram o aval para reforma durante a pandemia do novo coronavírus, como é o caso da Escola Estadual Eliane Digigov Santana no bairro Bela Vista, em Cuiabá. A unidade tem mais de 1.100 alunos, mas não são eles que são vistos no pátio neste momento. Nas salas de aulas e nas áreas comuns da escola, só é possível encontrar entulhos, e reforma em andamento.

Durante a visita da reportagem do Estadão Mato Grosso, foi possível observar que há apenas três pessoas trabalhando numa obra que tem previsão de entrega para setembro de 2021, segundo João Antunes da Sila, o diretor da escola.

“Olha, a previsão é para setembro. Porém, creio que não ficará pronta a tempo, como podemos perceber. A empresa não é contratada pela escola, ela é contratada pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e não nos repassou o motivo do atraso na entrega da obra", contou o diretor.

Na escola nem mesmo o nome é possível ver, pois o letreiro foi retirado para a realização da obra.

A reportagem solicitou uma nota da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) sobre a relação de escolas que não retornaram as aulas por causa de reformas, e um posicionamento quanto a entrega da obra na Escola Eliane Digigov, mas até o fechamento da matéria não tivemos resposta.

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