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Cidades Domingo, 24 de Maio de 2020, 13:10 - A | A

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DURA REALIDADE

Camelôs relatam drama financeiro com Shopping Popular fechado

O Shopping fechou as portas no dia 22 de março para evitar o avanço do coronavírus na Capital

Bianca Fujimori
Mídia News

Com o Shopping Popular de Cuiabá fechado por conta da pandemia de Covid-19, os comerciantes enfrentam dificuldades para se manter e até colocar comida na mesa.

O Shopping fechou as portas no dia 22 de março para evitar o avanço do coronavírus na Capital.

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Adailton Gonçalves da Silva, proprietário da loja A Charmosa Moda Feminina, está no shopping há quatro anos e teme não conseguir sobreviver somente com as vendas online.

“Já faz dois meses que a gente não trabalha. Estamos fazendo vendas online, vendendo só para sobreviver mesmo, não está dando nem para pagar as contas. Estou trabalhando para comer”, afirmou.

O comerciante disse que, nesse período, suas vendas caíram em torno de 80%.

“A gente era acostumado a vender bem, mas como não está podendo vender no shopping, caiu quase 80% das vendas”, revelou.

A crise também é vivenciada por comerciantes que estão no local há 15 anos, quando ainda não era um shopping e haviam barracas de lona sobre o chão de terra batida, como é o caso de Mateus Mundim.

Ele, que é proprietário da loja de eletrônicos Mateus Imports, teve o faturamento reduzido a quase zero, mas as contas não param de chegar.

“Para a gente está muito ruim por causa dos compromissos que a gente tem que pagar, mas não tem como. Nossas vendas caíram 95%”, disse.

O pouco que ainda consegue vender são para clientes fidelizados e pela internet, por meio das redes sociais e sites de vendas.

Para Mateus, ver o Shopping Popular fechado é triste, visto que ele e sua família trabalham no local desde os primórdios.

“Tudo o que a gente adquiriu até hoje foi através do Shopping Popular. Com as portas fechadas, a gente fica com as mãos atadas. Está péssimo desse jeito”, afirmou.

Já o comerciante Jiordan Júnior da Costa teve que fechar sua loja de roupas fitness, pois não conseguia mais arcar com as despesas, como aluguel e condomínio.

“Pagamos aluguel e taxa de condomínio lá e, como não estava tendo renda, a gente não estava conseguindo arcar com as despesas. Finalizamos nosso contrato no mês passado”, revelou.

Segundo ele, a loja sentiu um impacto ainda maior por conta do fechamento das academias e parques na Capital, uma vez que seu produto é voltado para o público que frequenta estes espaços.

Apesar disso, ainda insiste nas vendas online, com delivery do produto. Mas Jiordan relatou que a situação continua difícil.

“As vendas online não estão sendo a mesma coisa como na loja física. Agora, há cerca de um mês, começamos a fazer ofertas, buscamos novidades e postando nas redes sociais só com vendas online”.

Conforme a Prefeitura de Cuiabá, ainda não há prazo para o retorno dos shoppings na Capital.

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