O reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Evandro Silva, confirmou parceria com o Ministério da Agricultura e Agropecuária (MAPA) para o recebimento de R$ 47 milhões para desenvolvimento de ações e pesquisas em áreas estratégicas de Mato Grosso. Esse recurso será utilizado no fomento de pesquisas na Bacia do Pantanal, criação de estratégias para ampliação da comercialização de produtos de origem animal e promoção da saúde e produção de alimentos nas aldeias indígenas do estado. Parte deste recurso já chegou aos cofres da Universidade ainda em dezembro de 2023.
Um dos exemplos está no recebimento de R$ 5 milhões enviados pelo MAPA para o criação de estratégias na área da agroindústria do estado. O recurso vai financiar o desenvolvimento de projetos de estruturação de um consórcio envolvendo 13 municípios do Vale do Rio Cuiabá para impulsionar a agroindústria e ampliar a comercialização de produtos de origem animal como leite, carne, ovos e mel.
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Há ainda R$ 12 milhões para consolidação de projetos de pesquisa que possam impactar na promoção da saúde indígena e produção de alimento nas aldeias. Do valor total, R$ 4 milhões já foram disponibilizados para que os projetos possam iniciar com o objetivo de chegar a 40 aldeias em três diferentes territórios indígenas no estado.
Com a ação a UFMT busca resultados diretos nas áreas produtivas de alimentos em território indígena, sob atenção de produtores capacitados. Além das áreas produtivas operantes, haverá a elaboração de plano de escoamento e de comercialização dos produtos gerados ou coletados no território.
Outro resultado importante será a capacitação dos produtores e manipuladores dos alimentos para que agreguem valor aos seus produtos, por meio do estabelecimento da cadeia de valor. Além de impulsionar o desenvolvimento sustentável, o projeto também trará maior segurança alimentar nas aldeias
e, em consequencia, a redução da morbimortalidade materna e infantil.
Já outros R$ 30 milhões serão enviados pelo Ministério para execução do projeto “Pantanal mais Sustentável”. Serão feitos estudos, ações de capacitação e de inovação em um dos biomas mato-grossenses. Com o fomento, será possível a produção de conhecimentos, práticas e saberes aos professores, técnicos, estudantes e toda comunidade pantaneira.
De acordo com o reitor da UFMT, Evandro Silva, garantir novos recursos para a Universidade por meio de parcerias com o Executivo e o Legislativo Federal tem sido fundamental para a que o orçamento da instituição possa efetivamente atender as demandas da comunidade interna e externa. Mesmo diante das dificuldades enfrentadas nos últimos anos, o reitor garante que o diálogo com diferentes setores tem possibilitado resultados positivos para a Universidade.
“Enfrentamos nos últimos anos um momento extremamente delicado para composição dos orçamentos das Universidades Federais, e com a UFMT não foi diferente. Felizmente estamos ampliando nosso diálogo com diferentes setores dos poderes Executivo e Legislativo para capitação de recurso, visando garantir um orçamento que atenda as necessidades da nossa comunidade. Essa é uma missão que tomei para mim e por meio de um diálogo direto e aberto conseguimos ter êxito em boa parte das nossas articulações em Brasília”, afirmou o
reitor Evandro.
Em dezembro de 2022 o orçamento da UFMT chegou a ter mais de R$ 3 milhões bloqueados pelo Ministério da Educação (MEC), podendo afetar diretamente o pagamento de despesas básicas da instituição. Mesmo diante das dificuldades, o trabalho de articulação para captação de recurso seguiu ocorrendo para que nenhum dos serviços essenciais fossem interrompidos.
Ainda durante o período de transição no Governo Federal, o reitor atuou junto a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) para a recomposição do orçamento das Universidades Federais. Na ocasião foi apresentado um relatório apontando as reivindicações da Associação, incluindo a recomposição orçamentária de custeio e capital de instituições como a UFMT.
A partir da atuação junto a Associação, Evandro garantiu que seguirá buscando formas de assegurar a recomposição orçamentária da Universidade.
“É necessário que em 2024 nossa atuação seja ainda mais intensa para garantir a recomposição do nosso orçamento. O ensino, pesquisa e extensão são instrumentos indispensáveis para a consolidação de um estado forte, competitivo e próspero e a UFMT tem cumprido um papel fundamental nessa missão”, finalizou Evandro.
