Além da pandemia do coronavírus que atingiu o mundo todo, o território brasileiro foi marcado por destruições ambientais durante o ano de 2020. A Amazônia mais uma vez foi alvo constante de desmatamentos, juntamente com o Pantanal, que neste ano bateu o recorde no número de focos de incêndios, perdendo mais de 20% do seu território.
O Pantanal é o bioma brasileiro mais rico em quantidade de espécies animais e, até 2018, era o mais preservado de todo o país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, apenas no ano de 2020, mais de 23 mil km² foram consumidos pelas chamas, enquanto dados do IBGE apontam que 2,1 mil km² foram destruídos entre os anos de 2000 e 2018, ou seja, a área atingida pelo fogo neste ano foi dez vezes maior que 18 anos de destruição.
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Durante os meses de julho a outubro, centenas de combatentes foram alocados nas planícies pantaneiras nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Além do trabalho dos corpos de bombeiros, dezenas de ONGs atuaram no bioma, auxiliando no combate ao incêndio e no resgate de animais.
Os governos dos estados também precisaram entrar em ação para formular planos estatais de combate às queimadas e investigação sobre os possíveis autores. Em Mato Grosso, o governador Mauro Mendes se reuniu com a ativista ambiental e animal, Luisa Mell, para debater sobre a situação do bioma.
Para auxiliar as ONGs que trabalhavam na Transpantaneira, o governo mato-grossense se disponibilizou a fornecer caminhões pipa para a hidratação dos animais nos locais de seca, assim como a implantação de um Cras (Centro de Resgate de Animais Silvestres) no meio do Pantanal e novos projetos para obras de infraestrutura da Transpantaneira, que foi atingida pelos incêndios e possuía trajetos com pontes de madeira.
A destruição do Pantanal ganhou destaque no mundo todo, milhares de fotos de animais mortos e feridos foram compartilhadas nas redes sociais, e dezenas de instituições buscaram ajuda financeira para continuar o trabalho no bioma, pois a escassez de alimento e água na região foi muito grande devido a longa seca durante os meses de julho a setembro.
*Estagiária sob a supervisão do jornalista Gabriel Soares